Por:

Nas andanças de Danilo

Danilo conta que vem priorizando seu lado intérprete | Foto: Armando Paiva/Divulgação

O cantor, compositor e músico Danilo Caymmi lança nesta sexta, dia 26, o álbum "Danilo Caymmi Andança 5.5" (referência ao clássico eternizado por Beth Carvalho, e às mais de cinco décadas de carreira). De quebra, Danilo fará dois shows no Blue Note Rio neste fim de semana. No sábado (27), apresenta o show Viva Caymmi, com repertório dedicado a seu pai, o eterno Dorival Caymmi; e no domingo, mostra as canções do novo disco.

"O repertório é fruto de uma pesquisa do músico e produtor Flávio Mendes, que já havia produzido comigo o projeto 'Danilo Caymmi canta Tom Jobim'. Ele trouxe uma lista de músicas lançadas no entorno de "Andança" e dos Festivais da Canção, do final dos anos 1960: a partir desta seleção, chegamos a um consenso sobre o que entraria no disco", comenta Danilo.

"Nossa ideia foi relembrar a época em que 'Andança' apareceu, no Festival Internacional da Canção de 1968. Ela foi a terceira colocada na edição em que "Sabiá" foi vaiada pelo público, que preferia "Pra não dizer que não falei das flores". São canções relevantes da geração mais fantástica da música brasileira, não só em termos de qualidade, mas também de longevidade", pontua Flávio Mendes.

"Danilo Caymmi Andança 5.5" é, sobretudo, um álbum de intérprete, uma espécie de trilha sonora da trajetória musical de Danilo Caymmi. "Começamos este projeto da mesma maneira que fizemos o anterior, focando na minha interpretação, coisa que venho priorizando nos últimos tempos. A partir daí, começamos a vestir as canções com flautas (em dó e em sol), todas tocadas por mim, cello e percussão. Não usamos piano, baixo e bateria, seguindo esse conceito de valorizar a voz", comenta Danilo.

Mesmo reunindo clássicos como "Sabiá", "Pra Não Dizer Que Não Falei de Flores", "Travessia", "Pra dizer Adeus", "Eu a Brisa", "Viola Enluarada" e "Andança", entre outros, o álbum "Danilo Caymmi Andança 5.5" não tem caráter saudosista, como explica Danilo: "A ideia foi gravar essas canções à minha maneira, dar novas versões para elas. Eu sinto que estou no meu melhor momento como intérprete e o disco traduz muito bem esse momento".

A capa do álbum (e do single que o antecedeu) reproduz um dos quadros pintados por Danilo Caymmi durante a pandemia. Estudante de arquitetura, Danilo herdou do pai, além da veia musical, o talento para a pintura.

SERVIÇO

27/1: VIVA CAYMMI, às 20h e 22h30

28/1: ANDANÇA 5.5, às 19h

Blue Note Rio (Av. Atlântica, 1910 - Copacabana)

Ingressos entre R$ 40 (meia) e R$ 160

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.