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O tamanho do mercado fonográfico

Morta em 2021, Marília Mendonça segue liderando o ranking nacional de execução de músicas | Foto: Divulgação

A Pro-Música, entidade que representa as principais gravadoras e produtoras fonográficas do Brasil, apresentou seu relatório anual sobre o mercado fonográfico brasileiro de 2023. Seguindo a tendência de crescimento, o setor registrou um faturamento de R$ 2,864 bilhões, representando um aumento de 13,4% em comparação ao ano anterior. Com esse resultado o Brasil mantém sua posição no 9º lugar no ranking do IFPI, a Federação Internacional da Indústria Fonográfica, consolidando-se como um dos maiores mercados do mundo.

O relatório traz ainda o ranking das 200 músicas mais acessadas nas plataformas de streaming no país em 2023. Artistas do gênero sertanejo ocupam nove das 10 primeiras posições do ranking, sendo Marília Mendonça (1995-2021) a cantora mais ouvida no país. O levantamento realizado pela Pro-Música é o único da indústria fonográfica a considerar as músicas mais acessadas em plataformas de streaming Brasil, incluindo dados combinados e ponderados economicamente de Spotify, Youtube, Deezer, Apple Music, Amazon Music e Napster, compilados pela empresa espanhola BMAT.

O relatório da Pro-Música também destaca o crescimento do mercado físico, que, apesar de representar apenas 0,6% do total das receitas, alcançou R$ 16 milhões, o maior patamar desde 2018, com um crescimento de 35,2% em relação a 2022. Os discos de vinil foram o grande destaque, com vendas de R$ 11 milhões, aumento de 136,2% e se tornando o formato físico mais vendido, ultrapassando os CDs.

Segundo Paulo Rosa, presidente da Pro-Música Brasil: "Os números de 2023 do mercado fonográfico brasileiro continuam a apresentar crescimento acima da média mundial. O Brasil cresce 13,4% comparado a 10,2% de incremento do mercado mundial, refletindo a consolidação do streaming como modelo de distribuição musical dominante em nosso país e em todos os mercados de música do planeta", destaca.

O relatório traz detalhes sobre o desempenho do setor no último ano. O crescimento do mercado fonográfico nacional superou a média global pelo sétimo ano seguido, segundo o relatório do IFPI divulgado na última semana.

O fator determinante para este crescimento no Brasil continuou sendo o streaming, que representou 87,1% do total das receitas do setor, um aumento de 14,6%, totalizando R$ 2,5 bilhões. O streaming por assinatura em plataformas como Spotify, Youtube Music, Deezer, Apple Music, e outros, registrou um crescimento de 21,9%, atingindo R$ 1,6 bilhão. Já o streaming remunerado por publicidade teve crescimento de 7,3% com vídeos musicais e leve queda de 1% no segmento de áudio.

O relatório internacional do IFPI Global Music Report aponta que a indústria global de música gravada cresceu 10,2% em 2023, também impulsionada pelo streaming. Os números divulgados pelo IFPI mostram que as receitas totais no mundo em 2023 foram de US$ 28,6 bilhões. O faturamento do streaming de áudio por assinatura aumentou 11,2%, alcançando 48,9% do total do mercado, através de 667 milhões de usuários de contas de assinatura pagas, ao final de 2023.

Já o relatório da Pro-Música aponta que, no Brasil, o faturamento alcançou R$ 2,5 bilhões apenas em vendas digitais e físicas, um aumento de 14,5% em relação a 2022. As receitas oriundas de execução pública para artistas, músicos e produtores fonográficos cresceram 4%, somando R$ 336 milhões, enquanto as de sincronização tiveram um salto de 87%, alcançando R$ 14 milhões. Ao todo, o setor atingiu R$ 2,9 bilhões em 2023, mais que triplicando seu faturamento nos últimos seis anos.

 

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