Era uma vez uma noite em Nova York...

Show de outubro de 2023 que celebrou o aniversário da histórica apresentação de Tom Jobim, João Gilberto & Cia é lançado como álbum

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Sidão Santos, Daniel Jobim, Roberto Menescal, Carlinhos Brown, Carol Biazin, Alaíde Costa, Celeste, Seu Jorge e Adriano Trindade em show comemorativo da Bossa Nova no Carnegie Hall, em Nova York

Um banquinho, um violão, um piano de cauda e 2.800 pessoas cantando baixinho, em uma das mais celebradas salas de concerto do mundo, o Carnegie Hall, no coração de Nova York. Foi assim a festa de aniversário que celebrou a histórica apresentação de Tom Jobim, João Gilberto, Roberto Menescal, entre outros, que colocou o estilo musical no mundo e aconteceu naquele mesmo auditório há 61 anos. Felizmente, o registro do show "The Greatest Night Bossa", de outubro do ano ano passado, ganha registro fonográfico em álbum, .

Mais que um registro histórico de uma noite mágica, o álbum "The Greatest Night Bossa Nova" é prova emocionante da atemporalidade e da força da música do Brasil. Ao longo das 16 faixas do álbum gravado ao vivo no Carnegie Hall, um grande time de artistas e músicos celebra um catálogo precioso de hits globais e standards, evocando o mítico concerto realizado em 1962 que ajudou a fazer decolar mundialmente a bossa nova e seus dois gênios maiores, Tom Jobim e João Gilberto.

No palco, nomes legendários da bossa, como Roberto Menescal e Alaíde Costa ganharam a companhia talentosa de Daniel Jobim (neto de Tom) e de dois dos maiores astros globais brasileiros, Carlinhos Brown e Seu Jorge, e o reforço de jovens estrelas como a cantora paranaense Carol Biazin, 27 anos, e a britânica (nascida na Califórnia) Celeste, 30 anos, uma das vozes mais impressionantes reveladas nos últimos cinco anos.

Max Vianna, produtor do disco e do show, comenta: "Desde 1962, todo mundo tentava fazer algo assim e esbarrava em uma série de dificuldades e complexidades. Mas a gente finalmente conseguiu encontrar, a partir do trabalho de Seu Jorge com Daniel Jobim, uma solução artística e com apelo para produzir um show no local. Foi muito importante ter Menescal, que é um cara importantíssimo na música brasileira e que segue fazendo da bossa nova algo vivo e mutante, assim como foi ter Alaíde Costa, dar a possibilidade de trazê-la para um lugar que acolheu a música brasileira, e também apontar para o futuro, com a Carol Biazin e a Celeste. E, claro, ter também o Brown, um dos artistas brasileiros mais incríveis e versáteis, que conheci como percussionista da banda de meu pai".