Glória Groove: 'É claro que as gays pagodeiras existem'
Cantora reage às críticas de intrenautas por sua incursão no gênero através do álbum 'Serenata da GG'
Após lançar "Serenata da GG", álbum de pagode, Gloria Groove recebeu uma chuva de elogios e milhares de streamings nas diferentes plataformas de áudio e vídeo. Mas, também teve que enfrentar as críticas à sua entrada no gênero, que não é tradicionalmente representativo entre a comunidade LGBTQIA . Internautas acusaram a drag queen de querer somente alcançar o público heterossexual. A coletânea traz músicas inéditas, covers e regravações de canções de Gloria em versões de pagode.
"É claro que as gays pagodeiras existem", disse Gloria, ao ser perguntada sobre as críticas, em papo com a imprensa. A drag queen ainda disse que gosta de quebrar paradigmas e gerar discussões com sua música: "Fico muito feliz de ver que consigo quebrar preconceitos, debater pautas, e facilitar a existência do outro, como ver relatos de que um pai homofóbico mudou por minha causa".
Gloria ainda citou Ludmilla, que é mulher lésbica, cantora de pagode e mobiliza diversos casais LGBTQIA para seus shows, como inspiração: "A Lud fez muito isso com o 'Numanice', de dar a liberdade de curtir o gênero sendo você mesmo, e até levar sua namorada".
A cantora também lembrou que cresceu em família de sambistas (sua mãe, Gina Garcia, foi backing vocal do grupo 'Raça Negra' por quase 30 anos) e que a entrada no pagode é, na verdade, um resgate de suas origens.
A primeira parte do álbum "Serenata da GG" tem participações especiais de Ferrugem, Alcione, Thiago Pantaleão, Belo e sua mãe, Gina Garcia, enquanto o segundo volume, que será lançado em breve, contará com Thiaguinho, Mumuzinho, Menos é Mais, Sampa Crew e Ana Carolina.