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Rio, a capital mundial da harpa

Kobie du Plessis | Foto: Divulgação

Chegou julho e com ele o som inspirador de um dos instrumentos mais tradicionais da música de todos os tempos. Considerado o maior festival de harpas do mundo, o ioHarpFestival chega à sua décima nona edição neste 2024 e recebe músicos de 20 países em vários espaços do Rio. O evento ampliou suas fronteiras e nos meses seguintes terá versões em São Paulo, Brasília, cidades de sete países europeus (Portugal, Espanha, França, Belgica, Croacia, Italia e Austria) e também no Caribe.

A África será homenageada com a harpista Kobie de Plessis, da África do Sul, na abertura e no encerramento com Vozes da África e as harpas africanas Kora e Kamale N´Goni (do oeste africano de 12 cordas), além de percussão da mesma região.

Com entrada franca, a programação vai da harpa tradicional ao koto japonês e harpas africanas, árabes e indianas, passando por fusões entre músicos de diferentes continentes e crianças e adolescentes das comunidades cariocas, que dividem o palco com harpistas, todos grandes expoentes contemporâneos do instrumento.

"Para o line-up do XIX RioHarpFestival buscamos privilegiar artistas de regiões geográficas onde o instrumento seja destaque, além de incluir também os vários tipos de harpas e repertórios possíveis", destaca Sergio da Costa e Silva, criador e diretor do projeto.

Ele ressalta que "com isto estamos, colocando o Brasil no circuito mundial do instrumento dando continuidade às versões do Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília além da Europeia e, assim, realizando o maior festival de harpas do mundo em duração e número de concertos

Costa e Silva enfatiza ainda que "o público poderá assistir a apresentações de alto nível, com harpistas de vários países, tocando nos vários tipos de harpas e um repertório bem eclético, uma miscelânea que faz o festival crescer ano a ano no Brasil, sempre para plateias cada vez maiores". Continua na página seguinte

 

Som que vem da Antiguidade

Baltazar Juarez | Foto: Divulgação

A harpa - Um dos mais antigos instrumentos de corda dedilhada, a harpa tem sua origem relacionada ao tanger da corda dos arcos dos antigos caçadores. Algumas ilustrações destacam a presença das harpas no Oriente Médio e Egito, por volta do ano 3.000 a.C. De formato triangular, todas as suas cordas estendem-se perpendicularmente em relação à base de seu corpo.

As primeiras harpas eram pequenas, com poucas cordas. A partir do século XVIII, passaram a ser construídas em madeira, com as cordas variando entre materiais como tripa, crina de cavalo, latão, bronze ou seda. Com o passar dos anos tornaram-se maiores, com mais cordas e, consequentemente, mais notas. A imagem do Rei David tocando o instrumento é emblemática e a harpa é também o símbolo da Irlanda.

A harpa moderna possui 47 cordas, com as 11 mais graves feitas de metal e as demais de tripa, além de 7 pedais. Atualmente, a harpa também é um dos instrumentos que compõem a orquestra, sendo normalmente posicionada entre a percussão e os instrumentos de teclado.

A PROGRAMAÇÃO DA SEMANA*

1 de julho, segunda-feira

Igreja N.Sa. do Carmo (Rua 1º de Março s/nº)

13h: Camerata do Uerê part. especial Kobie de Plessis - harpa (África do Sul)

2 de julho, terça-feira

15h: recital de Kobie du Plessis no Centro Cultural Justiça Federal (Av. Rio Branco 241 - Centro)

18h: Orquestra de Teresópolis, com participação especial de Kobie du Plessis, no Espaço Cultural Arte Sesc (Rua Marques de Abrantes, 99 - Flamengo)

3 de julho, quarta-feira

12h30: Prem Ramam & friends - India- Santoor persa, Citara, Ngoni (mini harpa africana) - Música indiana. CCBB (Rua 1º de Março, 66 - 4º andar)

18hs: recital Kobie du Plessis no Centro Cultural Justiça Federal (Av. Rio Branco 241 - Centro)

4 de julho, quinta-feira

Centro Cultural Justiça Federal (Av. Rio Branco, 241)

15h: Shiva Gita (Índia) - Cláudio Gama (harmonium), Mario Moura (sitar). Jaffer Swamani (parkhawaj e tabla)

18h: Jésus Suarez, harpa venezuelana (Venezuela)

5 de julho, sexta-feira

Centro Cultural Justiça Federal (Av. Rio Branco, 241)

15h: Prem Ramam & friends - India- Santoor persa, Citara, Ngoni (mini harpa africana).

18h: recital de Ádan Vasquez (República Dominicana).

6 de julho, sábado

Palácio São Clemente - Consulado de Portugal (Rua São Clemente, 424 -Botafogo)

18h: Ádan Vasquez (harpa), Marcos Krieger (percussão), Waldemar Reis (piano) e Orquestra Juvenil Jovem

com regência do maestro Carlos Sarria.

7 de julho, domingo

Museu da República (Rua do Catete, 153)

13h: Al Nur Kibir - Ruda Brauns (alaúde), Alexandre Bittencourt (sopros), Jafer Swamani (derbakke) -Música Árabe.

15h: Ádan Vasquez (harpa), Marcos Krieger (percussão), Waldemar Reis (piano) e Orquestra Juvenil Jovem

com regência do maestro Carlos Sarri.

*A programação completa também está aqui