Samuel Rosa: 'É uma chance de me exercer sozinho, dando a palavra final'
Ex-vocalista do Skank lança álbum solo que preserva a assinatura que ele criou em sua fase na banda
No ano passado, Paul McCartney fez um show intimista num clube em Brasília. Na pequena plateia, Samuel Rosa viu o ídolo tocar "Hey Jude" no piano e teve uma epifania. De certa forma, Paul influenciou "Rosa", o primeiro disco solo do ex-vocalista do Skank, grupo encerrado no ano passado, que chegou ao streaming na útlima semana. Nas dez faixas do álbum, não há ruptura entre o trabalho na banda e seu projeto solo, e ver McCartney cantando músicas compostas e gravadas há quase 60 anos foi como um recado, ele diz, para continuar fazendo o que já sabe.
Rosa conta que nunca teve intenção de fazer uma coisa totalmente diferente. "Eu vou deixar que isso apareça naturalmente, num arranjo ou no outro, mas não vou forçar a barra, porque é isso que sei fazer - música pop. É uma chance de me exercer sozinho, dando a palavra final."
"Rosa" não é um repeteco do que o Skank já fez. Uma banda que, como Rosa gosta de ressaltar, nunca se repetiu muito, atravessando gêneros como dancehall, reggae, rock, música latina, Clube da Esquina, psicodelia brasileira e britpop. O novo disco é leve, solar e cheio de baladas. "Eu sou baladeiro, né?", diz. E romântico.