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Música que une gerações

Victor Chicri e Vic Delnur, pai e filho, dividem o álbum | Foto: Divulgação

Com imagens do mar com algo que nos cerca, nos aproxima e nos distancia entre os continentes, Orlas nasce criando pontes. Projeto que une Victor Chicri e Vic Delnur, pai e filho, com uma química musical que vai do disco-funk ao brazilian boogie passando pelo samba-jazz e bossa nova. O álbum de estreia "Viver o Mar" está disponível para audição nas plataformas digitais.

"Fazer algum projeto com meu pai era algo que era pra acontecer. Meu primeiro contato com a música veio através dele e da minha mãe. Eu tinha esse disco praticamente pronto, e resolvi chamar meu pai pra escrever os arranjos de cordas. Em seguida, ele gravou os pianos, e ali ficou claro, o Orlas era pra ser eu e ele", conta Vic Delnur.

Ele é multi-instrumentista e produtor musical e fez turnês mundiais com sua antiga banda de rock indie psicodélico Water and Man. Recentemente se destacou como produtor e performer ao vivo, colaborando com artistas como Sessa, Mahmundi, Luciane Dom e Trella.

Seu pai é uma lenda do mercado musical brasileiro. Victor Chicri é maestro e pianista e começou sua carreira na década de 70. Ele se destacou em gravações, produções e performances ao vivo ao lado de grandes nomes da MPB, como Gal Costa, Seu Jorge, Bebel Gilberto, Simone e Emilio Santiago. Chicri levou sua música ao redor do mundo, incluindo uma performance notável no Montreux Jazz Festival, onde dividiu o palco com a orquestra de Quincy Jones. Sua carreira é marcada por muitas produções premiadas com discos de ouro e platina, além de um Grammy Latino.

"Eu cresci vendo ele tocando, produzindo. Me arrependo de nunca ter tido aulas com ele de piano, ou de algum outro instrumento. Mas observar também é estudar, e trouxe muito pra minha vida musical o que pude vivenciar perto dele", Vic conta.

Hoje morando nos Estados Unidos, pai e filho se reinventam e reencontram nas 11 faixas do debut, que conta com participação de Luciane Dom em "Um Par" e Gabi Delnur em "Imensidão". "Viver o Mar" representa encontrar a essência da vida no abraço do oceano, onde a alegria pura é descoberta na simplicidade e o amor na beleza da natureza

"Eu cresci na praia, desde pequeno sempre tive contato com o mar. E quando me mudei pra Nova York, descobri que aqui também tem praias, diferentes do Brasil, mas tem! Algumas te cobram entrada, outras têm restrições para banhistas e surfistas, e outras você nem pode entrar se não tiver o 'passe anual' no vidro do carro. 'Viver o Mar' fala de algo simples, onde a praia é pra todos, o ano todo disponível e livre", reflete ele.