Por: Rodrigo Fonseca | Especial para o Correio da Manhã

Madame Teia: Personagem vivida por Dakota Johnson no cinema cria corrida por HQs Marvel nas bancas

Dakota Johnson em 'Madame Teia' | Foto: Divulgação

Hoje à venda em bancas, livrarias, gibiterias e sites, o almanaque "A Saga do Homem-Aranha", em sua quinta edição, reúne um time de argumentistas e artistas gráficos invejável (Dennis O'Neil, Herb Trimpe, John Romita Jr., Marie Severin, Roger Stern, Tom DeFalco) para dar ao público leitor brasileiro a medida de força da Madame Teia, que virou um coqueluche nas telas brasileiras.

O filme estrelado por Dakota Johnson não explodiu no gosto mundial, arrecadando cerca de US$ 60 milhões em seus primeiros dez dias em cartaz. Foi atingido em cheio pela queda de popularidade enfrentada hoje pelo filão de super-heróis. Mas isso não impede que o mercado de HQs se mobilize em torno de sua protagonista. Aconteceu o mesmo com Morbius, um vilão vampiro do Aranha que ganhou filme (com Jared Leto), em 2022, e ganhou holofotes no mercado editorial graças ao bom trabalho da Panini Comics com o álbum "Velhas Feridas".

Transformada num dos mais sólidos impérios multimídias da indústria pop a partir de 2008, com a estreia de "Homem de Ferro", a Marvel Comics despontou no audiovisual graças à boa acolhida cinematográfica a um herói com status de coadjuvante, que dava trabalho para o time A da editora, como o Justiceiro e o próprio aracnídeo: o caçador de vampiros Blade. Em 1998, Wesley Snipes amargava uma recusa, pois teve o sonho de adaptar o Pantera Negra para as telas negado. Apesar disso, ele decidiu seguir na trilha das gibis e encarnar um herói que pudesse ser simbólico para as lutas antirracistas do fim dos anos 1990. Sobrou-lhe o vigilante que caçava o Drácula e outros monstros das trevas. O projeto foi um fenômeno de bilheteira e abriu espaço para que Sam Raimi filmasse as aventuras de Peter Parker e para que Bryan Singer adaptasse os X-Men. O Quarteto Fantástico, que volta em 2025 ao circuito com Pedro Pascal, também ganhou longas-metragens. Daí pra diante... tudo foi História, até os recentes colapsos do filão, detectados na rejeição a "Quantumania", em 2023. No entanto, nas vendas de quadrinhos, o empenho de editoras como a Panini garantiu à fauna marvete longevidade. Não por acaso, uma nova série mensal com Os Vingadores acaba de ser lançada.

Há uma corrida dos fãs pela Madame Teia em sebos e gibis virtuais, uma vez que é possível comprar quadrinhos oficiais da Marvel, em Inglês, online. Com isso, a heroína, chamada Cassandra Webb, cria cada vez mais fama. Ela ganhou seu prenome em referência ao mito da mulher que prevê o destino da Terra. Sua chegada ao mercado da arte gráfica cocorreu em novembro de 1980, nas páginas da revista "The Amazing Spider-Man" n°210, sob a pena do argumentista Denny O'Neil e sob os desenhos de John Romita Jr. Cega, ela é portadora de uma doença neurológica chamada myasthenia gravis, que, embora limite seus movimentos, aferroando-a a uma cadeira especial proporciona-lhe poderes psíquicos e o dom da clarividência. Essa habilidade deu a ela veios de saber a identidade do Homem-Aranha, sem nunca trair Peter Parker.

O recente sucesso de Venom (com Tom Hardy) e das animações da franquia "Aranhaverso", com Miles Morales e o próprio Parker, asseguraram à Marvel a oportunidade de explorar a fauna de anti-heróis e dinâmicos que cercam o Escalador de Paredes. Não por acaso, Kraven o Caçador está para chegar às telas, com Aaron Taylor-Johnson no papel central. A fim de expandir sua fama no Brasil, a Panini lançou "A Caçada Perdida".

 

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