Um turbihão de emoções chamado maternidade no monólogo de Juliana Didone
Baseado em best-seller homônimo, '60 Dias de Neblina' entra em sua última semana de temporada no Gláucio Gill
Atriz Juliana Didone encena o monólogo "60 Dias de Neblina" que chega á sua última semana no Teatro Gláucio Gill. Com direção de Beth Goulart, o texto de Renata Mizrahi é livremente inspirado no sucesso literário de Rafaela Carvalho, que aborda com humor e leveza as alegrias e descobertas de uma mãe de primeira viagem, às voltas com os meses iniciais da maternidade.
Foi com o nascimento de Liz, hoje com cinco anos, que Juliana Didone conheceu o livro "60 Dias de Neblina", sucesso que vendeu mais de 200 mil cópias e já tem traduções para o inglês e o espanhol. Na publicação, as aventuras de uma mãe diante do seu bebê recém-nascido, com situações desconhecidas, como os hormônios em ebulição. Desafios como a amamentação, as noites mal dormidas, o choro e os questionamentos sobre a sua autoestima. Mas, também, as muitas alegrias deste maravilhoso encontro de amor incondicional.
"60 Dias de Neblina" chega como um ato de acolhimento. Uma rede de apoio para mulheres que buscam entender o turbilhão de emoções com a chegada da maternidade. "Dizem que quando o dia amanhece com muita neblina e porque será um dia lindo, de muito sol. E '60 Dias de Neblina' tem a ver com esta neblina que vem antes do sol e do céu azul: uma jornada enlouquecedora e incrível que e a maternidade. Uma mistura de sentimentos que ninguém consegue explicar. Uma sensação de felicidade plena misturada com cansaço, amor, euforia, tristeza. Chora o bebe, chora mãe, e os dias passam, e entre um choro e outro aparecem os sorrisos. Sorrisos que fazem seu coração explodir de amor e alegria", diz um trecho do best-seller.
"A peça vem da necessidade de dividir com o máximo de mulheres a transformação que é ser mãe. É um mergulho muito profundo na contradição dos sentimentos. Se hoje você está feliz e amando a maternidade, amanhã você vai se perguntar se era isso que você queria mesmo. Essa dualidade é aterrorizante porque é muito humana. E quando li o livro da Rafaela eu me identifiquei imediatamente e foi um abraço gostoso, porque entendi que não estava sozinha ao me sentir perdida. Agora eu quero dar esse abraço em todas as mães, através do teatro", reflete Juliana Didone.
"Um filho é um compromisso de amor, uma responsabilidade de fazer quem amamos ser feliz. É um projeto lindo que mostra as alegrias, as descobertas, e os desesperos de ser mãe e trabalhar com Juliana Didone é uma alegria. Ela é uma ótima atriz, que tem muita consciência corporal e está respondendo muito bem à proposta conceitual do teatro essencial, que faz parte de minha linguagem na direção. Uma linguagem centrada no ator, que é o criador e o condutor da cena. Ela está colocando todo seu talento, seu humor e seu carisma para viver Luísa, e nos levar para uma viagem reveladora, deliciosa e bem humorada de 60 dias de neblina", declara Beth Goulart.
"Além de ter sido meu primeiro livro publicado, o '60 Dias de Neblina' foi escrito em um momento de muita e imensa vulnerabilidade, que é o processo de nascimento de uma mãe desse novo papel, desse novo amor, das novas abdicações, das novas demandas, e tudo que isso implica na vida de alguém. E ver essa transformação retratada no palco, com o empenho e o talento de toda equipe, e o resultado que está assim, fenomenal, tem sido no mínimo mágico pra mim", empolga-se Rafaela Carvalho, que hoje tem um total de cinco livros publicados.
SERVIÇO
60 DIAS DE NEBLINA
Teatro Gláucio Gill (Praça Cardeal Arcoverde, s/nº - Copacabana)
Até 25/9, segundas e sábados (20h) e domingos (19h)
Ingressos: R$ 50 e R$ 25 (meia)