Por: Cláudia Chaves | Especial para o Correio da Manhã

CRÍTICA / TEATRO / ELIS, A MUSICAL | Atual 10 anos depois

Laila Garin vive uma Elis sem recorrer a imitações | Foto: Divulgação

A moda é o retrofit. Atualizar, trazer novos usos, deixar aquilo que era de "antigamente", contemporâneo. É o caso de "Elis, a Musical". Comemorando 10 anos, traz novamente a premiada atriz Laila Garin no papel de Elis Regina e Claudio Lins como Cesar Camargo Mariano, com elenco novo em papéis importantes: o paulistano Flávio Tolezani vive, pela primeira vez, o personagem Ronaldo Boscoli, primeiro marido de Elis; Fernando Rubro é Jair Rodrigues (em 2013, Ícaro Silva se destacou no papel) e Santiago Villalba é Tom Jobim e Luiz Carlos Miele.

O figurino e a cenografia também foram atualizados, com mais luz como elemento, o musical conta a história de nossa maior cantora, com histórias engraçadas, dramáticas. E apresenta também alguns episódios bastante apimentados, como o primeiro casamento de Elis, com Ronaldo Bôscoli.

Com texto de Nelson Motta e Patricia Andrade, direção de Dennis Carvalho, "Elis, a musical" mostra personagens emblemáticos da cultura do país. Os números de dança são ótimo apoio aos episódios e ao texto ao mesmo tempo em que a trilha escolhida é capaz de despertar emoções aos saudosistas e surpreender as novas gerações.

Laila Garin faz uma Elis impecável, sem imitar a voz, sem fazer paródia. Apresenta, de forma bastante emblemática, a força da personalidade da homenageada, que se refletia em seu canto, e, no atual espetáculo, aparece nas belas interpretações de Laila das canções mais importantes: "Arrastão", o dueto com Jair; a graça de "Madalena"; a dor de "Atrás da Porta"; a força do hino do final da ditadura, "O Bêbado e o Equilibrista".

SERVIÇO

ELIS, A MUSICAL

Teatro Riachuelo (Rua do Passeio, 40, Centro)

Até 10/12, às quintas (20h), sextas (20h30), sábados (16h e 20h) e domingos (18h)

Ingressos de R$ 25 a R$ 200

 

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