Por: Pedro Sobreiro

Angel Ferreira comenta recepção do público ao monólogo "Sidarta"

Peça fica em cartaz até 15 de dezembro | Foto: Philipp Lavra

O ator e diretor Angel Ferreira se prepara para o fim da temporada do seu monólogo “Sidarta”, seu primeiro projeto de solo teatral produzido pela Mãe Joana Produções, em cartaz até o dia 15 de dezembro, no Teatro Ipanema. Os ingressos, vendidos a R$ 60 a entrada inteira, estão disponíveis no site da Rio Cultura ou na bilheteria do teatro.

“As pessoas que têm assistido à peça, ao longo dessas três temporadas que fizemos aqui no Rio, saem muito tocadas, então a gente confia que é um trabalho importante de ser visto, e que é algo maior do que nós, a gente é um canal de expressão dele. ‘Sidarta’ tem nos nutrido, nos curado, tem sido uma medicina mesmo. Acho que neste momento do mundo, ele tem um lugar bem carinhoso e fundamental”, comenta Angel.

Preparado ao longo de cinco anos, o espetáculo conta com a supervisão artística de Beth Martins e Renato Livera, e narra a jornada do protagonista em busca de si mesmo, em uma apresentação que mescla narrador, personagens e ator a partir de uma montagem minimalista. A peça, ambientada na Índia no período de vida do Buda histórico, é livremente inspirado no livro homônimo de Hermann Hesse, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura, que narra, de forma ficcional, uma viagem que o próprio autor realizou em sua juventude, abarcando temas de valor existencial e mergulhos na ambiguidade entre os pólos sagrado-profano, sucesso-fracasso, prazer-privação, solidão-pertencimento. O espetáculo marca ainda um renascimento pessoal de Angel, nova assinatura de Igor Angelkorte, que mudou de nome durante a experiência de viver Sidarta.

Em cartaz no Rio de Janeiro até o dia 15 de dezembro, a peça segue para a Chapada dos Veadeiros em janeiro de 2025, onde será apresentada na Casa Candeia de Cultura. Fundado por Angel, o espaço cultural visa disseminar a cultura em Cavalcante, município com um dos menores IDHs de Goiás e que abriga o maior território quilombola reconhecido do mundo, o Sítio Histórico e Patrimônio Cultural Kalunga.

SINOPSE
Nesta história, acompanhamos Sidarta, inteligente filho de Brâmane, a deixar a casa dos pais. Seguido por seu melhor amigo, Govinda, ambos aderem aos samanas, vertente espiritual que busca a iluminação através da mortificação do corpo. Em seguida, desconfiado e desiludido com as doutrinas, Sidarta conhece o próprio Buda e dele também se afasta, determinado a encontrar seu próprio caminho ou a morte. Estabelece relação com uma cortesã da cidade, torna-se comerciante, embrenha-se no vício e no materialismo, para novamente deixar tudo para trás e retornar à simplicidade, junto a um barqueiro que se revela um mestre e amigo. Continuamente, encontramos ao longo do texto dramaturgias de aprisionamento e libertação, que descortinam suas ilusões e aprofundam sua subjetividade.

SERVIÇO

Até 15 de dezembro
Quintas, sextas e sábados às 20h
Domingos às 19h
Teatro Ipanema - Rua Prudente de Morais, 824
Ingressos: R$ 60,00 (inteira)
Disponíveis no site da Rio Cultura ou na bilheteria do teatro
Lotação: 169 lugares
Duração: 100 min.
Classificação Etária: 18 anos