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Itaipava quer pagar dívidas até 2035

Dono da Itaipava propõe pagar dívidas de credores | Foto: Divulgação

O Grupo Petrópolis, que produz as cervejas Itaipava, Petra e Cacilds, entre outras, apresentou à 5ª Vara Empresarial da Comarca do Rio de Janeiro um novo plano de recuperação judicial, que envolve 30 empresas, e detalha pagamento das dívidas a seus credores até o ano de 2035. A nova proposta foi protocolada na Justiça na madrugada desta quinta-feira (7), após parte do grupo de credores apontar falhas no plano inicial, que começou a ser debatido em 31 de agosto. Nova assembleia está marcada para segunda (11).

O grupo cervejeiro entrou com pedido de recuperação judicial em 27 de março, informando dívidas de R$ 4,2 bilhões --R$ 2 bilhões em operações financeiras e de mercados de capitais e R$ 2,2 bilhões com grandes fornecedores.

No documento que embasa o plano de recuperação, os controladores afirmam que a proposta desta quinta tem o objetivo de manter os mais de 24 mil empregos diretos e cem mil empregos indiretos, além de pagamento de tributos aos cofres públicos e geração de energia limpa e renovável.

A proposta de pagamento envolve a quitação de dívidas até 2035, dependendo do tipo de credor, que podem ser parceladas em até 84 vezes. Como garantia para conseguir recursos, o grupo afirma que pretende alienar um lote contendo 2.926 caminhões integrantes de sua frota, além de alugar 2.392 caminhões, sendo 534 veículos novos e o restante integrante da frota da frota alienada.

O destaque do ativo do grupo está em suas oitos unidades fabris, que tem capacidade instalada para produzir aproximadamente 55,4 milhões de hectolitros de bebidas (1 hectolitro equivale a 100 litros), além da frota de veículos utilizada na distribuição dos produtos, e imóveis próprios, que envolvem terrenos e construções. Segundo o grupo Petrópolis, a principal fonte de receitas provém da venda de bebidas, divididas na seguinte ordem: cerveja, refrigerante, energético e outras bebidas. A previsão é atingir, anualmente, valores em torno de R$ 4,1 bilhões até 2035, conforme o plano de recuperação.

A recuperação judicial do grupo envolve cerca de 5.000 credores. Dentre eles estão trabalhadores, empresas fornecedoras, bancos e demais empresas de crédito, além de pequenos e micro parceiros.

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