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Brasil tem safra histórica de café

Momento histórico para safra de café no Brasil | Foto: Ernesto Carriço

por Guilherme Cosenza

O ano de 2023 entrou para história do café. Afinal de contas, esse ano o setor teve a maior safra da história. Aliás, esse número apareceu em meio a quebra na produção de grãos canéforas, um dos principais tipos brasileiros. Entretanto, a elevada produção no número da colheita de outro tipo de grão, o arábica, fez com que a perda da canéforas fosse não só substituída, como superou todos os números até hoje.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projetou a safra de café no maior produtor e exportador global em 54,36 milhões de sacas de 60 kg, leve queda na comparação com a previsão de maio, de 54,74 milhões de sacas. Porém, segundo a Conab, a produção de café do país, que havia colhido mais de 95% da safra até o final de agosto, deverá crescer 6,8% ante 2022, o que deve ajudar o país a recuperar suas exportações, após embarques mais fracos nos últimos anos, segundo a Conab.

"Além de ser um recorde para um ano de bienalidade negativa, essa é a terceira maior safra já colhida no país, atrás apenas dos anos de 2018 e 2020, ambos de bienalidade positiva", disse em nota o órgão em seu terceiro levantamento da cultura na temporada. Esse cenário tem um motivo. Após safras ruins nos últimos anos, devido à seca e a geadas severas em 2021, algumas lavouras tiveram a inversão de ciclo devido a podas e estão produzindo bem, mesmo em um ano que seria o de baixa produtividade no ciclo bianual. "Se a estimativa para este ano for comparada com o volume colhido na safra de 2021, último ano de bienalidade negativa, o aumento chega a ser de 13,9%", acrescentou a estatal. A produtividade média do cafezal do Brasil, considerando arábica e canéfora, deve crescer 4,8% em 2023 ante 2022, para 29 sacas/hectare, segundo a Conab.

Considerando apenas o arábica, a colheita foi prevista em 38,16 milhões de sacas, uma melhora na comparação com as 37,9 milhões de sacas na previsão de maio. Assim, a safra brasileira de arábica deverá crescer 16,6% ante 2022, com impulso de produção em Minas Gerais e São Paulo.

Destaque para o desempenho de Minas Gerais que teve um crescimento de 29,5% na produção.

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