Dólar abre a semana em queda em meio a decisões de juros

Decisões sobre juros nos EUA e no Brasil mexem na moeda americana

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Incertezas em relação ao juros nos Estados Unidos e no Brasil fazem moeda cair

O dólar inicia a semana em queda. Nesta segunda-feira (18), enquanto investidores aguardam as próximas decisões de juros nos Estados Unidos e no Brasil, ambas marcadas para quarta (20), a divisa encerrou o pregão cotada a R$ 4,85, desvalorização de 0,32%. O mercado local já dá como certa a manutenção do ritmo de queda da Selic, de 0,50 ponto percentual por reunião. Nos EUA, porém, ainda há dúvidas. Nesta semana, as taxas americanas devem ser mantidas em 5,50% ao ano, mas novas pressões sobre a inflação e dados econômicos fortes no país aumentaram as apostas de que novas altas de juros neste ano podem ser necessárias.

"O Fomc deve manter os juros inalterados, mas parte do mercado parece estar acreditando que essa manutenção será temporária. Para a reunião seguinte, o mercado vê 30% de possibilidade de um aumento, um valor minoritário, mas relevante", diz a equipe da Guide Investimentos. Os analistas lembram, ainda, que decisões sobre juros na Inglaterra e no Japão também ocorrem nesta semana.

Na sexta (15), a Bolsa brasileira interrompeu uma sequência de ganhos e registrou sua única queda da semana passada, seguindo os índices americanos num ambiente de cautela antes e decisões sobre juros no Brasil e nos Estados Unidos. O Ibovespa terminou o dia em queda de 0,53%, aos 118.757 pontos.

Apesar do pregão negativo, o índice garantiu forte alta semanal, subindo 3%. Dados positivos de inflação no Brasil e alívio de temores sobre China e EUA impulsionaram o Ibovespa. Já o dólar manteve-se estável em R$ 4,87, mas acumulou desvalorização semanal de 2,2%. A sessão foi marcada por volatilidade. No início do dia, dados sobre produção industrial e vendas de varejo na China apoiaram o mercado brasileiro ao aliviar ainda mais os temores sobre a desaceleração econômica do país. Com isso, o Ibovespa até começou o dia em alta, mas foi lentamente devolvendo os ganhos e consolidou queda no fim da tarde, numa sessão marcada pela falta de indicadores relevantes na agenda local e por cautela do mercado, fechando o dia aos 118.288 mil pontos, queda de 0,39%.