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iFood recebe acusações de restaurantes

Restaurantes acusam iFood de pressão para exclusividade | Foto: Divulgação

por Guilherme Cosenza

O aplicativo de entregas iFood se tornou alvo de acusação de diversos restaurantes. Segundo os proprietários, o aplicativo vem pressionando para que todos os restaurantes com menos de 30 unidades assinem um acordo de exclusividade com o iFood. Como forma de ameaça, o aplicativo estaria pontuando um aumento de taxa para os restaurantes que não forem de exclusividade.

Entretanto, as reclamações surgem dias após entra em vigor um acordo fechado entre o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e o iFood para evitar práticas anticoncorrenciais. Desde domingo (1º), o aplicativo segue novas regras sobre contratos de exclusividade. Pelo novo acerto, o iFood não pode assinar contrato de exclusividade com redes com mais de 30 restaurantes.

Porém, os locais que possuem menos unidades as regras para exclusividade ficaram mais maleáveis. Assim a exclusividade pode valer por dois anos, em seguida há uma quarentena de um ano, em que o contrato restrito com o iFood é vetado. Essa quarentena, no entanto, tem uma medida que é exatamente a usada pelo iFood a fim de pressionar os pequenos restaurantes que permite a renovação do contrato desde que o iFood realize investimentos na parceira e garanta aumento de 40% de vendas na plataforma acima do crescimento do mercado no ano anterior.

Com isso, o aplicativo seguiria cobrando taxas menores pelos serviços cobrados em sua plataforma. "Temos observado que estabelecimentos independentes que tinham contrato de exclusividade com o iFood estão sendo pressionados, já que, ao sair do ambiente de exclusividade, a taxa chega a subir de 5 a 7 pontos percentuais. Isso representa um aumento de 30% a 40% nas tarifas", disse Paulo Solmucci, presidente executivo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).

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