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Tabelamento de juros: ruim e necessário

O secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Barbosa Pinto, disse nesta quarta-feira (11) que o tabelamento é uma solução ruim para a redução das altas taxas de juros cobradas por instituições financeiras, mas disse ver como necessária uma intervenção do governo no caso do rotativo de cartão de crédito. Para o membro da equipe econômica, a proposta aprovada no Congresso Nacional para limitar os juros do rotativo oferece uma solução equilibrada para a questão.

"Concordo que tabelamento [de juros] é uma solução ruim, agora, a gente rechaçar o tabelamento não significa que a gente não deva ter algum tipo de intervenção estatal e algum tipo de regulação sobre a questão", afirmou Pinto, em evento promovido pelos jornais O Globo e Valor Econômico.

Ele ressaltou que, embora o número de agentes atuantes no mercado de crédito tenha crescido, a competição no setor não se dá no patamar das taxas de juros.

O secretário considerou também que qualquer alteração em apenas uma das pontas de um mercado composto por diversos participantes pode levar a danos maiores. Segundo ele, é preciso cautela para não ser adotada uma "solução ainda pior do que o equilíbrio ruim" que o país tem hoje.

Na avaliação de Pinto, o PL (projeto de lei) do Desenrola deu uma alternativa "prudente" para o tema por focar em três pilares: competição, educação financeira e portabilidade.

O texto aprovado pelo Congresso Nacional dá 90 dias para as próprias instituições do sistema financeiro definirem um patamar de juros para o rotativo e para o parcelamento da fatura do cartão em atraso,

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