Dona volta ao comando da Tok&Stok

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Volta de antiga estratégia para alavancar vendas

por Guilherme Cosenza

"De volta ao básico". Essa é a realidade que a rede de venda de móveis e decoração, Tok&Stok está trazendo para as ações da marca em 2024. Após passar por um período grande de turbulência, quase fechando as portas por conta da pandemia que gerou dívidas de R$ 300 milhões, a Tok&Stok está agora apostando em relembrar como tudo começou e ir na contramão das concorrentes, deixando as vendas online em segundo plano e apostando mais no presencial.

A medida ousada foi tomada pela criadora da empresa, Ghislaine Drudule. Fundadora da Tok&Stok ela esteve na presidencia da marca de 1978 até 2017, quando se afastou. Porém, em meio a crise, a dona da marca está de volta a presidência e quer trazer de volta a maneira de trabalho que transformou a marca em uma das mais conhecidas do país. "Essa dinâmica foi esquecida nos últimos anos porque o foco foi muito no digital. Ali, é o produto pelo produto. Agora vamos restaurar esse encantamento de circular pelos espaços", afirma Ghislaine.

Para ela, o ambiente digital faz com que os produtos tenham que brigar com concorrentes, muitas vezes aquém, porém com o foco no valor. Além disso, um dos charmes da marca sempre foi a possibilidade dos clientes poderem passear por diversos ambientes montados nas lojas com os produtos, assim tendo um vislumbre de como seria o ambiente com os produtos da Tok&Stok, o que sempre foi um diferencial dela comparado a concorrência.

Para 2024, a Tok&Stok prevê lançar oito coleções. Ainda neste ano, duas serão colocadas no ar: uma campanha voltada ao tema jardim, e outra para a arrumação da casa para as festas de Natal e de Ano Novo.

Dessa forma, com uma visão completamente otimista de voltar a forma antiga de trabalho, ter a Tok&Stok em uma possível recuperação judicial ou extrajudicial saiu da pauta da empresa.

Ghislaine acredita em um equilíbrio das contas em breve. Hoje, a situação é estável, mas a continuidade do negócio depende da demanda e dos juros. "Precisamos que o consumo faça acontecer nossa receita", afirma.