Ex-funcionários estudam entrar na justiça contra a Starbucks

Demitidos não receberam dinheiro de rescisão de contrato

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Cafeteria está próxima de conseguir Recuperação Judicial

Por Guilherme Cosenza

A realidade da Starbucks no Brasil não está nada bem. Após anunciar o fechamento de diversas lojas e fazer uma demissão em massa devido a dívidas que beiram mais de R$ 2 bilhões, agora a SouthRock, empresa detentora da marca no país, está preste a ter os seus ex-funcionários entrando contra a marca na justiça. Pelo menos é o que indica as informações recebidas por alguns ex-colaboradores do Rio de Janeiro que estão estudando medidas na justiça de como entrar contra a empresa. O grupo que tem mais de 30 pessoas quer lutar para receber os valores de rescisão, multas e férias após a demissão.

Inicialmente esses valores seriam pagos até o dia 10 de novembro. Entretanto, no dia em questão, receberam um e-mail do RH da empresa avisando que o dinheiro não sairia por conta do processo. A SouthRock entrou com um pedido de Recuperação Judicial no dia 31 de outubro, mesma data das demissões, e com isso, a empresa fico impedida de pagar os funcionários na data pré-agendada. O pedido da empresa ainda não foi analisado pela Justiça de São Paulo, porém até que saia a confirmação ou não da Recuperação Judicial, a empresa está impedida de fazer qualquer movimentação financeira.

"A companhia afirma estar totalmente dedicada a tomar todas as medidas legais cabíveis para agilizar a resolução da situação, e reitera que os compromissos assumidos com todos os seus stakeholders serão respeitados, seguindo os termos da legislação aplicável", explicou a SouthRock através de uma nota para a imprensa. Porém, caso aceito o pedido, os créditos trabalhistas estarão submetidos à Recuperação Judicial. Portanto, todas as demissões realizadas até a apresentação do pedido passam a ser tratadas como créditos dentro do processo. Se o pedido for aceito pela Justiça, os ex-funcionários terão prioridade no plano de pagamentos dos credores.

A SouthRock pontua que as empresas geridas por ela no Brasil devem R$ 10,447 milhões a 885 ex-funcionários, com valores descritos como referentes à rescisão de contrato.