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Embraer C-390 vence disputa na Coreia do Sul

Embraer consegue vencer licitação e abre oportunidade com novo mercado asiático | Foto: Divulgação/ Embraer

Após assegurar cinco vitórias no mercado europeu para sua maior aposta na área militar, o avião de transporte KC-390 Millennium, a fabricante brasileira Embraer conseguiu o seu primeiro cliente na estratégica Ásia. A Coreia do Sul anunciou que o avião, na configuração C-390 só de transporte, sem a capacidade de reabastecimento aéreo sinalizada pela letra K, foi escolhido para iniciar a substituição de sua frota de aviação tática.

Segundo a Dapa, o valor do contrato é estimado em US$ 554 milhões (R$ 2,7 bilhões) para um número não divulgado de aviões três, segundo a imprensa sul-coreana. A Embraer informou que a Força Aérea da Coreia também incluiu no contrato o suporte, serviço e equipamentos de solo, além de peças de reposição. O valor fina será incluído na carteira de pedidos da empersa no quarto trimestres deste ano.Para entrar no disputado mercado coreano, um dos mais dinâmicos da contenciosa Ásia, a Embraer contou não só com o produto, mas com uma estratégia de desenvolver uma rede de fornecedores locais de peças para o avião. A Coreia do Sul tem uma sofisticada indústria de defesa, tornando-se grande fornecedora até para países da Otan [aliança militar liderada pelos EUA], como a Polônia. Na área aeronáutica, tem produtos como o caça de treinamento e ataque leve supersônico T-50, exportado para seis países.

O C-390 bateu na disputa o clássico modelo americano Lockheed Martin C-130J Hércules e o europeu Airbus A400M Atlas. Seul opera há décadas os Hércules, o principal avião de transporte da história, que voou pela primeira vez nos anos 1950 e principal rival da Embraer.

Sua frota tem 12 modelos H, um pouco mais antigos, e 4 J, mais recentes. Não houve o requerimento para a função de avião-tanque, como nos outros contratos ganhos pelo Millennium, porque Seul já tem quatro Airbus A330MRTT, aeronaves de grande porte que atende sua grande e variada frota de aviões de caça e ataque. A entrada na Ásia por meio de um dos grandes aliados dos Estados Unidos na região, um país que tem o 11º orçamento militar do mundo segundo o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, casa com o avanço gradual do Millennium na Europa.

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