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Emprego nos EUA mostra força

O Departamento do Trabalho dos Estados Unidos divulgou nesta sexta-feira (8) que a criação de empregos acelerou e a taxa de desemprego caiu no país, o que surpreendeu o mercado, que esperava dados mais fracos sobre a economia americana. Com isso, o dólar engatou alta e chegou a atingir os R$ 4,93 na máxima do dia, e a Bolsa brasileira começou a sessão caindo. O movimento, no entanto, durou pouco: a moeda americana passou a operar em estabilidade, enquanto o Ibovespa se recuperou e passou a subir.

Às 12h09, o Ibovespa subia 0,71%, aos 126.904 pontos, enquanto o dólar avançava 0,07%, praticamente estável cotado a R$ 4,911. Segundo o Departamento do Trabalho americano, foram criadas 199 mil vagas de trabalho fora do setor agrícola no país em novembro, resultado maior que os 180 mil postos projetados por economistas consultados pela Reuters. O número vem após uma série de dados mais fracos sobre emprego nos EUA que aumentaram apostas de uma antecipação do ciclo de corte de juros no país.

"O dado surpreendeu, especialmente considerando que outros indicadores do mercado de trabalho divulgados durante a semana mostraram resultados menos robustos. Para o banco central norte-americano, o dado do payroll [relatório de emprego] é crucial e, ao superar as expectativas, é provável que o Fomc [comitê de política monetária americano] mantenha uma postura cautelosa na reunião da próxima semana", afirma Gustavo Sung, economista-chefe da Suno Research. Apesar da surpresa com o dado, que causou sobressalto no mercado no início do dia, a avaliação é que o desvio não deve causar mudanças significativas no rumo da política de juros americana.

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