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Justiça aceita Recuperação Judicial da Starbucks

Após inúmeras tentativas, operadora da marca consegue Recuperação Judicial | Foto: Divulgação

O TJ-SP aceitou o pedido de recuperação judicial da SouthRock, operadora de marcas como Starbucks, Subway e TGI Fridays no Brasil. Com a decisão, a companhia vai dar sequência ao seu processo de reestruturação das operações, que já foi iniciado com o apoio de consultores externos e stakeholders. Segundo a empresa, suas marcas seguirão operando normalmente durante o processo da recuperação judicial.

Em nota à imprensa, a SouthRock afirma que vai respeitar compromissos assumidos com seus credores e vai tomar as medidas legais cabíveis para agilizar a conclusão das fases processuais da recuperação judicial.

"Esta decisão estratégica tem como objetivo ajustar o modelo de negócio à atual realidade econômica e reforça o compromisso da SouthRock em defender a sua missão e seus valores, enquanto entra em uma nova fase de desafios", diz o fundo de investimentos.

Em 13 de outubro deste ano, a SouthRock recebeu uma notificação de rescisão da licença que dava direito ao uso da marca Starbucks no Brasil. O aviso chegou em meio a negociações de repactuação do contrato. O fundo de investimentos havia atrasado o pagamento previsto no acordo de licenciamento.

Semanas depois, no fim do mesmo mês, o pedido de recuperação judicial foi feito à 1ª Vara de Falências da Justiça de São Paulo. Logo depois, várias lojas da Starbucks pelo país foram fechadas e funcionários relataram demissões.

Em 1º de novembro, a Justiça de São Paulo negou o pedido de tutela de urgência feito pela SouthRock para suspender a rescisão do acordo de licenciamento. Dias depois, porém, o juiz Leonardo Fernandes dos Santos, da 1ª Vara de Falências, concedeu parte do pedido e determinou que credores do grupo fiquem impedidos de levantar valores já bloqueados em ações de execução em andamento.

O fundo de investimentos disse à Justiça ter dívidas de R$ 1,8 bilhão. A empresa relatou desafios econômicos ocasionados pela pandemia, pela inflação e pela taxa de juros elevada.

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