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Suspensão de transporte marítimo

Empresas de vários setores anunciaram a interrupção do transporte de suas cargas pelo mar Vermelho em virtude do aumento de ataques de rebeldes houthis na região do Iêmen. A petrolífera BP, uma das gigantes do setor, comunicou a suspensão dos embarques de navios que passam pelo local devido à "situação de segurança deteriorada" gerada pelos ataques. "A segurança de nossos funcionários e daqueles que trabalham em nosso nome é a prioridade da BP", divulgou a empresa britânica, que também afirmou que essa suspensão temporária será avaliada constantemente "com base nas circunstâncias que evoluem na região".

Outras empresas anunciaram a suspensão das viagens. A dinamarquesa AP Moller-Maersk, a alemã Hapag-Lloyd, a francesa CMA CGM e a ítalo-suíça MSC interromperam o transporte marítimo que passa pela região. O mar Vermelho é uma "autoestrada marítima" que conecta o Mediterrâneo ao Oceano Índico e, portanto, a Europa à Ásia. Por essa rota, cerca de 20 mil navios circulam a cada ano e um dos seus pontos mais conhecidos é o Canal de Suez. Nas últimas semanas, os rebeldes iemenitas, afiliados ao regime iraniano, aumentaram os ataques perto do Estreito de Bab Al Mandab, que separa a Península Arábica da África, e fica na rota do mar Vermelho. De acordo com a organização Washington Institute, o trajeto demora cerca de 19 dias. Com a interrupção do tráfego pelo mar Vermelho, as embarcações têm a opção de usar a rota pelo Cabo da Boa Esperança para fazer o transporte da Ásia para a Europa. Porém, o percurso pode levar 31 dias. Com a demora, há atrasos na entrega, risco de deterioração do produto e aumento no gasto com a tripulação e com o combustível, o que gera elevação no custo do transporte marítimo.

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