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Nikon, Sony e Canon lutam contra imagens artificiais

Empresas fotográficas agem para diferenciar imagens reais das criadas em AI | Foto: Divulgação

As fabricantes de câmeras Nikon, Sony e Canon correm para incrementar suas máquinas com um sistema que marca as fotografias com um selo digital. O objetivo da tecnologia é diferenciar as fotos das imagens geradas por inteligência artificial, de acordo com informações do jornal japonês Nikkei. As empresas correm para manter sua credibilidade diante do avanço das plataformas de inteligência artificial geradoras de imagens. Já viralizaram fotos falsas porém, realistas de papa Francisco, Elon Musk e Donald Trump, além de vídeo artificial com o apresentador do Jornal Nacional, da TV Globo, William Bonner. Essa tecnologia ficou popular com o lançamento em abril de 2022 do Dall-E 2, da OpenAI (mesma criadora do ChatGPT).

Desde então, outras plataformas similares ganham projeção, e as artes geradas, verossimilhança. Um modelo de inteligência artificial desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Tsinghua, da China, é capaz de produzir 700 mil fakes por dia. Os primeiros esforços começam em parcerias com jornalistas. Uma aliança global de veículos de imprensa, empresas de tecnologia e fabricantes de câmeras desenvolveram uma ferramenta capaz de fazer checagens online, chamada de Verify.

Se houver selo de autenticação, a plataforma exibe data, geolocalização entre outros metadados. Esse padrão será adotado, em comum acordo, entre Nikon, Sony e Canon. As empresas japonesas controlam cerca de 90% do mercado global de máquinas fotográficas. Além de imagens completamente falsas, o sistema também aponta fotos editadas como não autênticas. A mensagem padrão para imagens criadas ou alteradas é "No Content Creditials" (algo como sem credenciais de conteúdo, em português). A Canon trabalha para adotar a tecnologia em escala de mercado ainda em 2024. A fabricante planeja também autenticar vídeos.

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