Por:

Americanos tem salto em patrimônio

Em mais uma leva de boas notícias sobre a economia americana, o patrimônio líquido da classe média do país disparou na pandemia, alcançando o maior ganho em 30 anos e indicando uma redução da disparidade no país nesse indicador.

O cenário mais otimista do que o que se esperava quando a crise sanitária eclodiu se soma a outros estudos que têm questionado a leitura de que a desigualdade social nos EUA vem crescendo nos últimos anos e torna ainda mais complexo entender a percepção predominantemente negativa sobre a economia hoje.

De acordo com a Pesquisa de Finanças do Consumidor do Fed, o banco central americano, o patrimônio líquido subiu 37% entre 2019 e 2022 para as famílias exatamente no meio da pirâmide, indicador conhecido como mediana. O número é diferente da média, que resulta da divisão da soma total pelo número total de residências nesse caso, o aumento foi de 23%.

Voltando à mediana, a liderança do crescimento ficou com as famílias negras, com alta de 60%, seguidas por hispânicas (31%). Famílias brancas observaram o menor aumento (20%). Os ganhos também foram proporcionalmente maiores entre quem tem menos: considerando o um quarto da população com menor patrimônio, o aumento foi, na média, de 66%. Já nos 10% do topo, ele foi bem menor, de 18%.

O levantamento trienal, realizado desde 1989 pelo Fed, é considerado o melhor diagnóstico do orçamento familiar dos EUA, e sua versão mais recente é a primeira a captar os efeitos da pandemia na economia familiar. Durante a crise sanitária, as projeções apontavam para um aumento generalizado da desigualdade, com os mais pobres amargando desemprego e falta de uma poupança à qual recorrer.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.