Preocupada com a proliferação de toda sorte de golpes financeiros, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) começou a fechar o cerco contra os influenciadores digitais de plantão, via regulação.
Como é inviável, até o momento, controlar a rápida disseminação de informações na Internet, a solução foi lançar mão da tecnologia, por meio de um software que cruza informações entre empresas com dados disponíveis pelas redes sociais.
Ao anunciar a novidade, na última quinta-feira (25), o presidente da CVM, João Pedro Nascimento explicou que a ferramenta digital emprega inteligência artificial para efetuar o cruzamento de informações divulgadas pelas próprias companhias e aquelas que circulam na rede mundial de computadores.
"A CVM está indo em direção à modernização porque acredita que influenciadores podem ser importantes. A maior parte presta um 'serviço de boas informações' ao mercado", admitiu o dirigente da autarquia, no evento Smart Summit 2024, no Rio de Janeiro.
Na oportunidade, Nascimento ressaltou a necessidade de 'olhar os influenciadores de dois ângulos'. Em primeiro lugar, acentuou, eles [influenciadores] estão "invadindo" alguns mercados regulados, como o dos analistas. "Quando falamos em regularizar a figura dos influenciadores digitais é de aproximar de algum agente regulado e o que mais se aproxima é o dos analistas", justificou.
O segundo ângulo, prosseguiu o presidente da comissão, diz respeito ao 'cuidado', quando o influenciador digital tem alguma ligação com um agente de mercado, com alguma casa, por exemplo.
