Por: Marcello Sigwalt

Correio Econômico | Mercado prevê corte de Selic em meio ponto percentual

Queda gradual da taxa foi prevista na ata de dezembro | Foto: DIAP

A exemplo da sistemática de redução gradualista - iniciada em 2 de agosto do ano passado - o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) deverá anunciar, provavelmente, na noite desta quarta-feira (31), um novo corte, de meio ponto percentual (0,5 p.p.) da Selic (taxa básica de juros), que cairia dos atuais 11,75% ao ano para 11,25% ao ano, conforme projeções do mercado financeiro expostas no boletim Focus.

Tal expectativa de queda gradual já havia contado com a concordância 'unânime' por parte do colegiado na ata do mês de dezembro, que teve o endosso do presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, para quem a ata 'serviu de guidance [indicação para comportamento futuro] para as duas primeiras reuniões deste ano'.

 

Fora da B3

Uma das maiores 'sequelas' do pedido de recuperação judicial da Gol nos EUA foi a decisão da B3 (B3SA3) de excluir as ações da companhia aérea dos índices (IBOV, IBRA, IBXX, ICO2, IDVR, IGCT, IGCX, ITAG, IVBX e SMLL) ao preço de fechamento após o encerramento do pregão regular.

Ações tombam

O anúncio da B3 também ocorre após as ações da Gol despencarem mais de 33%, nessa segunda-feira (29), a R$ 3,93, se aproximando das mínimas de 2016. Nem a aprovação do empréstimo de US$ 350 milhões (R$ 1,7 bilhão) reverteu a crise da empresa brasileira.

Após seis meses de altas, IGP-M 'desacelera' para 0,07%

'Inflação de aluguel' perdeu o 'ímpeto' em janeiro | Foto: Diogo Moreira / Governo de SP

Após descrever seis meses de altas, o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) - a 'inflação de aluguel' - voltou a desacelerar para 0,07% em janeiro corrente, acumulando deflação de 3,32% em 12 meses, após deflacionar 3,18% no mês anterior. Devido às sucessivas elevações na 2ª metade de 2023, o indicador avançou 0,74%, em dezembro último.

Agindo como freio do IGP-M este mês, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) - que mede a variação dos custos no atacado - recuou 0,09%, ao passo que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) - que calcula a cesta de consumo das famílias - subiu 0,59% e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) ficou estável, ao crescer 0,26%.

Icom sobe

Maior patamar registrado desde o mês de outubro de 2022 (94,9 pontos), o Índice de Confiança do Comércio (Icom) registrou alta de 1,2 ponto em janeiro corrente, ante o mês anterior, indo a 90,5 pontos, divulgou, nesta terça-feira (30), a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Em alta

Sobre o desempenho do Icom este mês, a economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), Geórgia Veloso comentou que "a confiança do comércio inicia 2024 em alta, mantendo a tendência positiva sustentada pelas expectativas para os próximos meses".

ICS avança

Ao Interromper um ciclo de cinco recuos consecutivos, o Índice de Confiança de Serviços (ICS) avançou 1,9 ponto em janeiro deste ano, ante dezembro, indo a 95,7 pontos, que corresponde ao maior nível desde outubro de 2022, de 97,6 pontos, revelou a FGV.

Confiança cresce

Sobre o ICS, o economista do Ibre/FGV, Stéfano Pacini, avalia que "após um fim de ano desafiador, o setor de serviços inicia 2024 com melhora na confiança, embora a percepção sobre a situação atual ratifique a perda de fôlego, desde o segundo semestre de 2023".

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