Por Marcello Sigwalt
Menor índice desde 2014 (7%), a taxa de desocupação do país atingiu 7,8% (da população economicamente ativa) no ano passado, o que representou uma queda de 1,8 ponto percentual (p.p.) à registrada em 2022, de 9,6%.
Os dados integram a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada, nessa quarta-feira (31), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ao revelar que, no trimestre encerrado em dezembro último, a taxa média anual chegou a 7,4% no ano passado, ou 0,3 p.p. menor do que no trimestre anterior (7,1%), encerrado em setembro.
De qualquer sorte, o percentual apresentado no último trimestre de 2023 sinaliza tendência de recuperação do mercado de trabalho, após o impacto contundente da pandemia sobre a atividade econômica, além de se aproximar da taxa média de 7,4%, exibida em 2012, quando teve início a série histórica do indicador.
Outro fator que reforça o viés positivo do mercado seria a redução de 17,6% da população desocupada, de 2022 para 2023, que passaria a contar com um contingente de 8,5 milhões de pessoas.
Em contrapartida, a média da população ocupada subiu 3,8%, atingindo 100,7 milhões de pessoas. Tomando por base a média de 89,7 milhões de 2012, este crescimento totaliza 12,3%.
Já pelo quesito 'nível médio da ocupação' (percentual ocupados na população em idade de trabalhar) o acréscimo somou 57,6% em 2023 ou expansão de 1,6 p.p. ante 2022 (56,0%).
Na contramão do recuo no nível de desemprego, a estimativa anual do número de empregados com carteira de trabalho registrou avanço de 5,8% no ano passado, contabilizando 37,7 milhões de pessoas, o que é considerado o número mais elevado da série.
O montante de pessoas com carteira assinada no setor privado cresceu 5,9%, contando 13,4 milhões de pessoas.
O número de trabalhadores domésticos subiu 6,2%, para 6,1 milhões de pessoas, e a taxa de informalidade caiu de 39,4% para 39,2%, além de recuo de 12,4% na estimativa da população desalentada, de 3,7 milhões de pessoas.