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Produção industrial recupera viés positivo

Produção da indústria registra recuperação desde agosto | Foto: José Paulo Lacerda/CNI

Por Marcello Sigwalt

Ao descrever uma sequência firme de cinco meses de crescimento - de 0,4%, em agosto; 0,2%, em setembro; 0,2% em outubro; 0,7% de novembro e de 1,1% em dezembro último - a produção industrial brasileira esboça trajetória de recuperação, acumulando avanço de 0,2% em 2023. Embora represente uma superação, ante à queda 0,7% do período pré-pandemia, o indicador produtivo ainda se mantém 16,3 pontos percentuais (p.p.) abaixo do nível recorde, verificado em maio de 2011.

Tais dados, constantes da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), foram divulgados, nessa sexta-feira (2), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na avaliação do gerente da PIM, André Macedo, "no índice de dezembro de 2023, observa-se um perfil disseminado de taxas positivas, alcançando três das quatro categorias econômicas e 14 dos 25 ramos industriais pesquisados. Entre as atividades um dos destaques foi indústrias extrativas, que avançou 2,2% no segundo mês seguido de crescimento na produção, apoiada especialmente na maior extração de minério. O segundo destaque é produtos alimentícios, que acumulou um crescimento de 9,1% e seis meses seguidos de avanço na produção".

Ao mesmo tempo, entre as dez atividades pesquisadas que exibiram recuo de produção em dezembro último, o maior impacto negativo coube aos produtos derivados do petróleo, biocombustíveis e produtos químicos, o que praticamente eliminou os avanços do mês anterior.

No campo positivo, a produção avançou em: indústrias extrativas, produtos derivados de petróleo e biocombustíveis e produtos alimentícios. Em contraponto, recuaram: veículos automotores, produtos químicos, máquinas e equipamentos, máquinas, aparelhos e materiais elétricos e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos. Frente a esses resultados, Macedo analisa que "quando avaliamos o ano de 2023, observamos dois períodos distintos. O primeiro semestre foi marcado por um comportamento predominantemente negativo da indústria geral, com uma queda de 0,3% no período. Já no segundo semestre, há, claramente, uma melhora de ritmo na produção industrial, resultando num crescimento de 0,5%".

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