Por:

Passagem aérea e gás lideram carestia

Por Leonardo Vieceli (Folhapress)

A passagem aérea e o gás de botijão acumularam as maiores taxas de inflação de um ranking que aponta as variações dos preços de 20 bens e serviços desde o início da circulação do real, há quase 30 anos.

A moeda brasileira passou a circular no Brasil em 1º de julho de 1994. Antes, em 1º de março daquele ano, os preços começaram a ser fixados em URV (Unidade Real de Valor), que fez a transição até a chegada da nova moeda. A URV foi implementada por meio de medida provisória (MP) em 27 de fevereiro de 1994.

Até dezembro de 2023, a alta registrada pela passagem de avião no Brasil foi de 2.728%, enquanto a do gás chegou a 2.370%, segundo levantamento do economista Bruno Imaizumi, da LCA Consultores, a pedido da reportagem.

Aluguel residencial (1.439%), empregado doméstico (1.242%) e taxa de água e esgoto (1.209%) aparecem na sequência. A análise leva em conta dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

Ônibus urbano (1.183%), lanche (1.099%), energia elétrica residencial (1.007%), pão francês (996%) e gasolina (932%) completam a relação das dez maiores altas de preços no acumulado desde julho de 1994.

Imaizumi diz que as variações expressivas, se avaliadas sozinhas, podem transmitir a ideia de um suposto descontrole inflacionário, combatido a partir do Plano Real. Segundo o economista, também é preciso levar em consideração que o poder de compra da população brasileira aumentou nas últimas três décadas.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.