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Déficit em conta corrente de 2023: o 'melhor' em três anos

Déficit do ano passado foi bem inferior ao de 2022 (US$ 48,253 bilhões) | Foto: Divulgação

Por Marcello Sigwalt

Melhor desempenho anual, desde 2020 (saldo negativo de US$ 28,207 bilhões), o déficit em conta corrente no ano passado chegou a US$ 28,616 bilhões em 2023 ou o equivalente a 1,32% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo informou, nesta segunda-feira (5) o Banco Central (BC).

Em 2022, o déficit, já revisado pela autoridade monetária, atingiu US$ 48,253 bilhões (2,47% do PIB). De acordo com o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), de dezembro último, a expectativa do BC era de que o déficit no ano passado não passasse de US$ 26 bilhões.

Na avaliação da autarquia, essa redução de US$ 19,6 bilhões no déficit ocorreu devido à ampliação de US$ 36,4 bilhões no superávit da balança comercial e à redução de US$ 2,0 bilhões no déficit de serviços, o que foi parcialmente compensado pelos aumentos nos déficits de renda primária (US$ 15,9 bilhões), e renda secundária (US$ 2,9 bilhões).

No caso do déficit em serviços, este somou US$ 37,6 bilhões no ano passado, o correspondente a um recuo de 5,1%, ante o déficit de 2022, de US$ 39,6 bilhões, com destaque para a redução das despesas líquidas de transportes (US$ 6,5 bilhões); aumentos das despesas líquidas de serviços culturais, pessoais e recreativos (US$ 2,4 bilhões), e telecomunicação, computação e informações (US$ 1,6 bilhão).

Levando em conta o número consolidado de 2023, conforme a metodologia do BC, a balança comercial apresentou superávit de US$ 80,518 bilhões; a conta de serviços ficou negativa em US$ 37,597 bilhões, assim como a renda primária, deficitária em US$ 72,417 bilhões, e a conta financeira, negativa em US$ 30,944 bilhões.

O déficit da balança de pagamentos em dezembro último foi de US$ 5,8 bilhões, abaixo do déficit de US$ 7,5 bilhões, de igual mês de 2022.

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