Enquanto crescia a expectativa do mercado em relação a uma definição do governo quanto à taxação, ou não, das importações por plataformas online até US$ 50, as vendas por esse meio amargaram uma queda US$ 3 bilhões de vendas no país, o que corresponde a um 'tombo' de 23% em 2023, no comparativo anual.
Queixas à parte do comércio nativo, o fato é que as compras pelo chamado comércio eletrônico (incluindo sites chineses como Shopee, Aliexpress e Shein) não passaram de US$ 10 bilhões no ano passado, bem abaixo do total auferido em 2022, que superou US$ 13 bilhões, conforme indica levantamento realizado pela fintech de comércio exterior Vixtra, com base em informações fornecidas pelo Banco Central (BC). O estudo da Vixtra também incluiu um resumo anual do cenário das importações no mercado brasileiro, além de destacar a influência das regras tributárias sobre o comportamento do consumidor.
Outro indicador da 'perda de ímpeto' das compras online é aquele que mostra uma redução de 48% das importações no último trimestre de 2023, no que toca a datas especiais para o comércio, como o Black Friday e Natal. No que se refere ao mês de dezembro último, este apresentou recuo substancial, ao movimentar US$ 816 milhões, inferior, portanto, aos US$ 1,625 bilhão obtidos em igual mês de 2022.
O estudo destaca, ainda, que o ano de 2023 foi marcado por grandes oscilações na modalidade de pequenos valores, conforme aponta o co-CEO da Vixtra, Leonardo Baltieri.