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Vales garantem mais de 50% das cestas

Vilão absoluto da 'persistência' inflacionária - ao contribuir com as altas de 1,11% no IPCA e de 1,20% no INPC, em dezembro último - o avanço do grupo alimentação e bebidas foi determinante para que o uso do vale-alimentação respondesse por 52,7% das compras de cestas básicas no país em 2023, segundo indica pesquisa da empresa de benefícios Alelo, em parceria com a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).

Se comparado com 2022, no passado, a participação do vale alimentação na aquisição da cesta básica cresceu 4,3 pontos percentuais (p.p.), o que representa um impacto de 13,6% na renda dos trabalhadores do setor privado, com carteira assinada, cuja remuneração média foi de R$ 2.841.

Já entre os trabalhadores que utilizaram o Vale-Refeição (VR), estes conseguiram fazer dez refeições no mês de dezembro (uma por dia útil), por duas semanas, correspondendo a 22 dias corridos de durabilidade do benefício.

Nesse caso, o valor mensal recebido (R$ 474,9) equivale a 16,7% do rendimento médio mensal desses trabalhadores, ou a um recuo de 1 p.p. em relação a dezembro de 2022. De modo geral, os profissionais com maior adesão ao VR pertencem aos setores de agropecuária (R$ 544,1) e indústria (R$ 512,6).

Se considerados os brasileiros que contam com ambos os benefícios (VA e VR), a soma dos valores médios em dezembro (R$ 861,6) equivale a um acréscimo de 30,3 % à renda média recebida no período de R$ 2.841.

Os percentuais reforçam a importância dos benefícios como complemento à renda mensal dos trabalhadores.

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