Por Marcello Sigwalt
Em mais uma rodada de sobe-e-desce da carestia, a projeção do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) - o indicador oficial de inflação - para este voltou a recuar de 3,81% para 3,80%, assim como para 2025, de 3,52% para 3,51%. Ao mesmo tempo, a previsão para 2026 e 2027 foram mantidas em 3,5%.
É o que revelou, nesta terça-feira (17), o boletim Focus, consulta semanal do Banco Central (BC) às 100 maiores instituições financeiras nacionais.
Em contrapartida, o mercado continuou apostando no avanço do PIB (Produto Interno Bruto), cujo crescimento para 2024 passou de 1,68% para 1,75%. Essa foi a única alteração do indicador, que se manteve em 2% para 2025 (pela 11ª semana seguida); em 2% para 2026 (há 29 semanas) e no mesmo percentual para 2027 (há 31 semanas).
Como nas últimas nove semanas, a Selic (taxa básica de juros) continuou em 9% ao ano pelo Focus; em 8,5% ao ano para 2025, mesma previsão para 2026 e para 2027. Como os juros básicos, as estimativas para o dólar permaneceram inalteradas, em R$ 4,93 para 2024; em R$ 5,00 para 2025, em R$ 5,04 para 2026 e em R$ 5,10 para 2027.
O resultado primário para 2024 'encolheu' de -0,80% do PIB para 0,78% do PIB, ainda que este tenha sido mantido em -0.60% do PIB para 2025. Para 2026, houve melhora, de um déficit de -0,50% do PIB para -0.40% do PIB, assim como para 2027, que caiu de -0,30% do PIB para 0,020% do PIB.
Já a dívida líquida do setor público para este ano cresceu de 63,60% do PIB para 63,68% do PIB. Para o ano que vem, a 'aposta' passou de 66,30% do PIB para 66,40% do PIB, e a de 2026 subiu de 68,50% do PIB para 68,55% do PIB. Em 2027, a dívida passa de 69,95% do PIB para 70,30% do PIB.
A projeção para o superávit da balança comercial em 2024 cresceu de US$ 80,0 bilhões para US$ 80,98 bilhões, ao passo que este aumentou de US$ 70,0 bilhões para US$ 72,05 bilhões em 2025.
