Por Marcello Sigwalt
Após apresentar trajetória declinante, de outubro para novembro (recuo de 0,3% para 0,2%) e despencar em dezembro (-1,4%), as vendas do comércio recuperaram o fôlego, avançando 2,5% em janeiro deste ano, o que marca a primeira alta significativa do indicador, desde setembro, quando cresceu 0,8%.
Como resultante, o setor operou, no mês passado, 5,7% acima do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 0,8% aquém de seu recorde, atingido em outubro de 2020. Os dados integram a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada, nesta quinta-feira (14) pelo IBGE.
Na avaliação do gerente da pesquisa, Cristiano Santos, "o "O comércio varejista veio de dois meses mais fracos, em que os resultados foram bastante abaixo do que poderíamos ter visto. Esse é um comportamento que foi observado não só em 2024, mas também em outros anos, quando, por exemplo, houve queda nas vendas no fim de 2022 e uma recuperação em janeiro".
Cinco das oito atividades investigadas na pesquisa tiveram altas, em janeiro último, com destaque para tecidos, vestuário e calçados (8,5%) e de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (6,1%), itens responsáveis pelas maiores influências no índice geral do comércio varejista.
Santos explica que "setorialmente, os resultados vieram com muita amplitude de crescimento em setores que recuaram no Natal, após concentrar as vendas na Black Friday, como tecidos, vestuário e calçados, móveis e eletrodomésticos (3,6%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (5,2%)".
