Dispara a compra de criptoativos virtuais
Por Nathalia Garcia (Folhapress)
A importação de criptoativos -ativos virtuais que incluem criptomoedas como o bitcoin, que voltou a disparar em 2024 - segue em forte alta no Brasil e mais do que dobrou no primeiro bimestre em relação ao mesmo período do ano passado.
Segundo dados do Banco Central divulgados na quinta-feira (4), houve um salto de US$ 1,396 bilhão no acumulado de janeiro e fevereiro de 2023 para US$ 2,938 bilhões na soma dos dois primeiros meses deste ano - crescimento de 110,31% nesse intervalo.
A importação dos criptoativos reflete o fluxo desses ativos digitais entre um não residente (vendedor) para um residente (comprador) no Brasil, e as transações comerciais são medidas pelo BC, por meio de contratos de câmbio.
Conforme metodologia do BC, essa classificação do balanço de pagamentos não engloba stablecoins --ativos digitais com paridade em outro ativo, commodity ou moeda, por exemplo, para os quais há um emissor - e moedas digitais emitidas por bancos centrais.
Em 2023, os brasileiros importaram o recorde de US$ 12,3 bilhões em ativos virtuais, ultrapassando com folga a marca de US$ 7,5 bilhões do ano anterior fechado. Ou seja, houve um avanço anual de 64,2%.
Enquanto os valores de importação registrados no fluxo de criptoativos no balanço de pagamentos são significativos, os de exportações são baixos (US$ 146 milhões no primeiro bimestre do ano).
A relativa ausência de exportação deve-se ao alto custo de eletricidade no país, o que tende a inibir a mineração de criptomoedas.