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Boletim Focus prevê recuo do IPCA, mas PIB e Selic sobem

Indicador de inflação tem recuo ligeiro, mas Selic permanece em avanço firme | Foto: Tânia Rêgo - Agência Brasil

Por Marcello Sigwalt

A velha 'montanha russa' está de volta. Que o diga o boletim Focus do Banco Central (BC) - consulta semanal às 100 maiores instituições financeiras - que apontou novo recuo, de 3,73% para 3,72%, da previsão do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), índice oficial de inflação, para este ano. Mais 'elástica' foi a projeção para 2025, que saltou de 3,60% para 3,64%; permaneceu em 3,5% (como há 44 semanas) para 2026, mesmo percentual para o ano seguinte.

Enquanto a carestia 'patina', a estimativa para a economia prossegue na trajetória ascendente, em que o PIB (Produto Interno Bruto) agora deve subir 2,05% e não mais os 2,02% anteriores. Para 2025, 2026 e 2027, foi mantido o prognóstico de avanço de 2%.

Mais expressiva que a expansão prevista para o PIB, continua forte a elevação da Selic (taxa básica de juros) para 2024, que cresceu de 9,50% ao ano para 9,63% ao ano, em contraste com a intenção da autoridade monetária, até então, de manter o ritmo de corte dos juros. Estável em 9% ao ano ficou a expectativa da banca para 2025, ao passo que para o ano seguinte houve nova alta, de 8,63% ao ano para 8,75% ao ano, mas mantido em 8,50% para 2027.

Já o déficit primário para 2024 registrou melhora, ao recuar de -0,70% do PIB para -0,67% do PIB; mantido em -0,68% para 2025 em -0.50% para o ano seguinte.

No que toca à dívida pública do setor público, a previsão da banca permaneceu em 63,85% do PIB, mas cresceu de 66,40% do PIB para 66,50%, para 2025; de 68,00% para 68,40%, para 2026 e de 69,70% do PIB para 69,90% do PIB, para 2027.