Por:

À espera do comitê, Ibovespa sobe 0,21%

Em compasso de espera - devido à definição do corte da Selic (taxa básica de juros), mas pelo 'desenho' da votação do Copom (Comitê de Política Monetária) em relação à calibragem dos juros - o clima do mercado, nessa quarta-feira (8), foi pautado pela cautela, uma vez que o Ibovespa subiu 'módicos' 0,21%, a 129.481 pontos, o que corresponde a ganhos de 2,82% no mês, mas perdas de 3,51% no ano.

Até o encerramento dos negócios dessa sessão, a expectativa era de que a redução seria 'desidratada' de meio ponto percentual (0,5 p.p.) para 0,25 p.p.. Mas a pergunta que não quer calar é: o que vai acontecer, a partir de agora?

Ante a tal cabedal de incertezas, o Ibovespa evitou fazer movimentos bruscos, ao longo do pregão, embora o viés da sessão tenha sido de predominante instabilidade, operando sempre próximo de zero.

Em sua parte final, porém, as negociações receberam impulso adicional, a reboque da alta da Petrobras e da valorização do petróleo.

Mediante esse misto de 'emoções', a exemplo da segunda-feira (6), o mercado optou pela prudência, o que pôde ser atestado pelo volume restrito de negociações, que não superou R$ 16,7 bilhões, patamar inferior à média dos últimos 12 meses.

Tal performance foi reforçada pela escassez de novidades políticas e uma agenda econômica vazia.

A contumaz 'harmonia' dos membros do colegiado teria sido quebrada pela troca iminente do presidente da autoridade monetária - o que preocupa muito os agentes do mercado, devido aos riscos de interferência política nas decisões do BC. (M.S.)