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Déficit primário registra pequeno recuo

Referência para a política fiscal da gestão petista, a projeção do boletim Focus para o resultado primário em 2024 registrou ligeira melhora, ao recuar de um déficit de 0,67% do PIB para 0,64% do PIB, como também baixou de -0,68% do PIB para -0,60% do PIB em relação ao ano que vem. Enquanto se manteve em -0,50% do PIB, a expectativa para 2027 'encolheu' de -0,23% do PIB para -0,20% do PIB.

Em tempo de avanços, a dívida pública do setor público para este ano deve crescer de 63,85% do PIB para 63,90% do PIB, embora esta tenha sido mantida em 66,50% do PIB para o próximo ano.

Em contraponto, para 2026, a estimativa caiu de 68,40% do PIB para 68,00% do PIB, enquanto continuou em 69,90% do PIB para 2027.

No que toca ao desempenho das contas externas, a aposta do mercado para a balança comercial aumentou de US$ 79,75 bilhões para US$ 80 bilhões, e de US$ 76 bilhões para US$ 76,15 bilhões, para 2025; de US$ 77,50 bilhões para US$ 78 bilhões em relação a 2026 e cresceu de US$ 75 bilhões para US$ 76 bilhões, no ano seguinte.

Quanto ao investimento estrangeiro direto (IDP) este deve crescer em 2024, de US$ 68,8 bilhões para US$ 69,5 bilhões, ao passo que para 2025, a expectativa se mostrou estável nos mesmos US$ 73 bilhões anteriores.

Analistas concluem que as previsões de avanço da inflação, nos próximos dois anos, reforçam a percepção de que a margem para o Banco Central (BC) reduzir a taxa básica de juros (Selic) está cada vez menor, impondo um desafio ainda maior na condução da política monetária pátria.(M.S.)