Por Marcello Sigwalt
Sinal que evidencia uma maior propensão 'às compras', a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) subiu 1,3% em maio corrente ante o mês anterior - já excluídas as influências sazonais - para o patamar de 102,9 pontos, informou, nessa terça-feira (21) a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).
Como resultante, a ICF continua inserida na chamada 'zona de satisfação' (acima da margem de 100 pontos), sob o impulso decisivo das famílias de baixa renda. Ante maio do ano passado, o indicador acusa expansão de 6,4%, na intenção de consumo familiar.
Entre o consumidor de renda mais baixa (abaixo de dez salários mínimos), a ICF avançou 1,4%, no comparativo mensal, bem acima do crescimento de 0,7% verificado no grupo de renda familiar superior a dez mínimos.
Embora a redução nos juros gere uma percepção mais favorável sobre o crédito entre os consumidores em geral, as famílias com renda mais baixa estariam se beneficiando de melhores condições de pagamento. A intenção de consumo cresceu mais entre os consumidores com renda mais baixa: no grupo com renda familiar abaixo de dez salários mínimos mensais, houve alta de 1,4% em maio ante abril. Entre as famílias com renda mensal acima de 10 salários mínimos, a intenção de consumo registrou um aumento de 0,7%.
Outro dado relevante do estudo aponta que, de abril para maio, todos os sete componentes do ICF melhoraram: o emprego atual subiu 1,2%, (127,3 pontos); renda atual, cresceu 1,4% (124,3 pontos); nível de consumo atual aumentou 1,5% (88,1 pontos); perspectiva profissional teve alta de 1,1% (113,8 pontos); perspectiva de consumo avançou 1,1% (105,8 pontos); acesso ao crédito teve elevação de 2,2% (95,1 pontos); e momento para aquisição de bens de consumo duráveis, subiu 0,9% (66,1 pontos).
Entre os fatores macroeconômicos determinantes para o aquecimento do consumo, a CNC credita o maior acesso ao crédito, amplamente facilitado pela queda sucessiva da Selic por parte do Banco Central (BC).
