Marcando compasso com a previsão feita pelo mercado financeiro, por meio do boletim Focus - consulta semanal do Banco Central (BC) às 100 maiores instituições financeiras nacionais - a Fazenda e o Planejamento elevaram, de 9,63% ao ano para 10,31% ao ano a projeção da Selic (taxa básica de juros) para este ano.
Tal patamar é pouco inferior ao atual, de 10,50% ao ano - após o corte de 0,25 ponto percentual (p.p.) dos juros básicos pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na semana passada. Esses novos parâmetros macroeconômicos foram indicados no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do 2º bimestre (2B24), divulgado nessa quarta-feira (22).
O documento ainda faz menção a outros indicadores relevantes para a economia nos próximos meses, a exemplo do câmbio médio, elevado de R$ 4,94 para R$ 5,04; a massa salarial nominal, que cresceu de 9,84% para 10,46% e a expectativa para o preço médio do barril de petróleo no mercado internacional, ampliada de US$ 80,70 para US$ 82,65.
Na semana passada, a equipe econômica divulgou a nova projeção para o crescimento da economia neste ano, que passou de 2,2% para 2,5%. A projeção oficial para a inflação medida pelo IPCA passou de 3,50% para 3,70%, enquanto a estimativa para o INPC - utilizado para a correção do salário mínimo - passou de 3,25% para 3,50%.
No campo das despesas, houve aumento de R$ 3,5 bilhões (R$ 917,8 bilhões) da previsão de gastos com os benefícios previdenciários; em pagamentos de pessoal e encargos sociais, houve recuo de R$ 1,8 bilhão, para R$ 372,8 bilhões. (M.S.)
