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BC: crédito ampliado aumenta 0,9%

Por Marcello Sigwalt

A elevação de 1,4% dos saldos dos títulos de dívida e de 2,2% dos empréstimos externos estão entre os fatores determinantes para o aumento de 0,9% do saldo do crédito ampliado ao setor não financeiro, que atingiu R$ 16,7 trilhões em abril (150,7% do PIB). No comparativo anual, o crédito ampliado apresentou expansão de 10,4%, com prevalência do aumento (13%) dos títulos de dívida e da carteira de empréstimos (8,4%) do Sistema Financeiro Nacional (SFN). Os dados constam das Estatísticas Monetárias e de Crédito, divulgadas, nessa segunda-feira (27) pelo Banco Central (BC).

No que toca ao crédito ampliado a empresas, este chegou a R$ 5,8 trilhões (52,1% do PIB), com crescimento mensal de 0,9%, mediante altas nos empréstimos externos (2,2%) e nos títulos de dívida securitizados (2,9%). Ante igual mês do ano passado, o crédito ampliado subiu 9,5%, como reflexo do aumento de 21,5% em títulos de dívida e de 6,2% nos empréstimos externos.

Já às famílias, o crédito ampliado alcançou R$3,9 trilhões (35,3% do PIB) no mês passado, o que equivale a um aumento mensal de 0,8% e de 10,8% em doze meses, em decorrência de elevação dos empréstimos do SFN.

Estoque de crédito - No quesito estoque de operações de crédito do SFN, houve alta de 0,2% em abril, atingindo R$ 5,9 trilhões, devido ao crescimento de 0,9% do estoque de crédito para pessoas físicas (R$ 3,6 trilhões), em contraponto à redução de 0,9% no crédito a Pessoas Jurídicas (R$ 2,2 trilhões). Nos 12 meses contados até abril, o BC observou expansão do crédito do SFN, que cresceu 8,7%, ante 8,5% no mês anterior.

Se tomados por segmento, nos mesmos períodos de comparação, o estoque de crédito acusou comportamentos distintos, em que houve desaceleração no crédito às empresas, de 5,3% em abril, ante 5,7% em março, enquanto o crédito às famílias subiu de 10,3% para 10,9%, no mesmo comparativo.

Quanto às famílias, o estoque do crédito livre subiu 0,8% no mês e 8,9% em 12 meses (R$ 2 trilhões), resultado decorrente do crédito não rotativo, que cresceu 0,8% no mês e 9,2% em 12 meses.