Por Marcello Sigwalt
Indicador relevante do rumo da carestia tupiniquim, o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) de maio corrente - também chamado de 'prévia da inflação' - mais que duplicou a variação do mês anterior, ao passar de 0,21% para 0,44%, impelido, sobretudo, pelas altas dos grupos Saúde e cuidados pessoais ( 1,07%) e dos Transportes ( 0,77%) - este, em especial, pelo avanço de 1,90% da gasolina. Esses dados foram divulgados, nessa terça-feira (29) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Em consequência da performance deste mês, o indicador prévio agora acumula elevação de 2,12% no ano e 3,70%, em 12 meses, patamar inferior aos 3,77% registrados nos 12 meses anteriores e à variação de 0,51%, em maio de 2023.
Por grupos de produtos e serviços, oito dos nove pesquisados exibiram crescimento em maio, a começar por Saúde e cuidados pessoais, que refletiu o aumento de 2,06% dos produtos farmacêuticos (0,07 ponto percentual, p.p., de peso no índice geral), por sua vez, em decorrência da autorização do reajuste de até 4,50% nos preços dos medicamentos, a partir de 31 de março. Outra contribuição veio do segmento de higiene pessoal, que passou de 0,29%, em abril, para 0,87% em maio, sob influência do perfume (1,98%).
Além da pressão altista da gasolina, as passagens aéreas ( 6,04%) turbinaram o desempenho dos Transportes, sem contar o etanol (4,70%) e o óleo diesel (0,37%).
A alta de 0,26% do grupo Alimentação e bebidas sofreu influência dos reajustes da cebola (16,05%), do café moído (2,78%) e do leite longa vida (1,94%).