Arrecadação federal tem alta real de 8,26% em abril

Avanço da massa salarial contribuiu para o resultado (R$ 228,873 bi)

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Por Marcello Sigwalt

Com alta real de 8,26%, no comparativo anual, a arrecadação federal totalizou em abril R$ 228,873 bilhões, o que configura o quinto recorde mensal seguido, segundo informações divulgadas, nessa terça-feira (21), pela Receita Federal, ao revelar que, de janeiro a abril deste ano (1Q24), houve avanço real de 8,33%, a R$ 886,642 bilhões, outro recorde para os primeiros quadrimestres do ano. Em março, a arrecadação atingiu R$ 190,611 bilhões.

Na avaliação do Fisco tupiniquim, a performance positiva do mês passado foi influenciada por variáveis macroeconômicas, como o crescimento da massa salarial, do valor em dólar das importações, assim como avanços da produção industrial e das vendas de bens e serviços.

Outro fator determinante do avanço arrecadatório estaria associado ao retorno da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis, bem como à elevação da arrecadação previdenciária e de Imposto de Renda (IR) dos trabalhadores. Isso sem contar com ganhos significativos com o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e com o Imposto de Importação (II).

Em detalhamento adicional do resultado, o estudo mostrou que os recursos administrados pela Receita - que abrangem a coleta de impostos de competência da União - exibiram elevação de 9,08%, com o valor ajustado pela inflação, a R$ 213,301 bilhões, no comparativo anual.

A conclusão da Receita é que os recordes de arrecadação contribuem para o esforço federal de obtenção de déficit primário este ano, embora a estratégia (questionável) da equipe econômica se concentre nos ganhos de receita, em detrimento do controle de despesas.