CNI se opõe à maior isenção tributária

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Sob o argumento de que a 'alíquota padrão de referência' deverá subir com a medida, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) decidiu 'cerrar fileiras' contra a ampliação da lista de produtos da cesta básica nacional sujeitos à alíquota zero ou tributação reduzida, no âmbito da regulamentação da reforma tributária.

Com este objetivo, supermercadistas e representantes do agronegócio pretendem potencializar lobbies no Congresso Nacional, no sentido de que o item carnes seja incluído na categoria de tributação zero da reforma.

Dando o tom da disposição industrial, o superintendente de Economia da CNI, Mário Sérgio Telles, a orientação da cúpula do setor "é não trabalhar pela inclusão de nenhum item, sob nenhuma hipótese, de redução de alíquota", acrescentando que "não vamos sugerir nenhuma inclusão porque o que a gente quer é que a alíquota de referência seja a menor possível, que é onde todo mundo vai pagar".

Pelos cálculos de Telles, aqueles produtos que tiverem alíquota reduzida acabarão sendo prejudicados, caso alíquota do novo IVA (Imposto sobre Valor Agregado) supere o patamar de 26,5% estimado pelo governo. "Nem todo mundo foi para o tratamento mais benéfico que esperava, e isso tem um aspecto positivo que é a redução da alíquota para todos", reforçou.

Tal pauta de medidas teria sido 'costurada' durante o Fórum Nacional da Indústria, na última sexta-feira (17), em que os principais líderes do setor deliberaram sobre a regulamentação da reforma tributária, cuja tramitação está prevista para iniciar, ainda este ano, no Congresso Nacional. (M.S.)