Índice sobe, mas juros futuros caem

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Mesmo diante do avanço firme do IPCA-15 (prévia da inflação), que dobrou a variação, na passagem de abril (0,21%) para maio (0,44%), os juros futuros recuaram, na sessão dessa terça-feira (28), pois o resultado veio aquém do projetado pelo mercado, de uma variação de 0,47%. Isso sem contar com o fato de o indicador ainda não refletir o impacto das enchentes do Rio Grande do Sul nos preços dos alimentos.

Desse modo, na 'ponta curta', às 11h12, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2025 havia caído de 10,37%, na véspera, para 10,35%; o DI para janeiro de 2027 baixava dos 11,02% anteriores para 10,95%, e a taxa do DI para janeiro de 2029 estava 'encolheu' de 11,48%, na segunda-feira (27), para 11,43%.

Outra variável que também influiu no comportamento das taxas futuras foi a 'leitura' de analistas sobre a 'sintonia' dos discursos proferidos pelo presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto e seu diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, no que se refere à convergência de estimativas de inflação às metas, o que serviu para diluir, ao menos em parte, a percepção negativa de uma suposta 'dissidência' de votos entre os membros do Comitê de Política Monetária (Copom), em sua última reunião, no início do mês.

No front externo, a agenda do dia, embora escassa, revelou recuo dos papéis do Tesouro dos EUA (Treasuries) nos vencimentos curtos, mas avanços nos intermediários e longos. Já a cotação do dólar retrocedeu, ante o real.

Para economistas do Bradesco, a composição do IPCA-15 foi considerada positiva pela maior parte do mercado. (M.S.)