Por Marcello Sigwalt
Dos 94 projetos de energia eólica offshore (obtida pelo vento em alto-mar) e produção de hidrogênio no país - que perfazem um potencial total de geração de 234 gigawatts (GW) - 14 têm previsão de desenvolvimento no estado do Rio de Janeiro, os quais devem gerar 24 GW, correspondentes a investimentos de R$ 60 bilhões.
A previsão consta do documento "Transição e Integração Energética no Rio", que consiste em uma análise da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), que se baseia em dados do Ibama, da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e de projetos privados, a ser apresentado, entre os dias 11 e 13 de junho, quando ocorre a primeira edição do Macaé Energy.
Promovido por Firjan Senai, Sebrae RJ e Prefeitura Municipal de Macaé, o evento deve reunir representantes da indústria, de instituições e do Poder Público, em que serão debatidos temas como eficiência, transição e integração energética, visando meios para que esses projetos 'deixem o papel e se tornem realidade'.
Para o vice-presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano, 'é fundamental avançar na regulamentação para que esses investimentos sejam implementados'.
Em favor do investimento, a federação fluminense destaca o fato de que, além do potencial de criação de empregos, os projetos de eólicas offshore e de produção de hidrogênio 'constituem um passo na direção da descarbonização da economia brasileira'.
Mas esse desafio, prossegue a entidade, está associado à necessidade de 'formatar' as fontes complementares a matriz energética brasileira.
Como reforço à iniciativa, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que a capacidade instalada centralizada na matriz elétrica conectada ao Sistema Interligado Nacional ultrapassou, há alguns dias, o patamar de 190 gigawatts (GW).
