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Renovável já detém quase 40% da matriz

A arrancada das eólicas offshore ocorre num momento propício para o setor, em que as energias renováveis já são responsáveis por 39,7% da matriz elétrica brasileira, com tendência de crescimento.

De acordo com estudo da consultoria A&M Infra, projetos solares, eólicos, hidrogênio verde e de biocombustíveis devem atrair investimentos anuais de R$ 40 bilhões.

Nesse contexto, a liderança dos aportes deve ser desempenhada pela energia solar, levando em conta a queda nos preços das placas e os subsídios, empresas e consumidores. Esse setor já responde por quase 20% da geração de eletricidade, segundo a Aneel.

De acordo com o sócio-diretor da A&M Infra, Filipe Bonaldo, "cada vez mais os biocombustíveis e a energia renovável estão sendo vetores de crescimento no consumo e da transição energética do nosso mercado nacional".

Ante à forte expansão do mercado eólico, a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) encaminhou solicitação ao Ministério de Minas e Energia (MME), no sentido de que os projetos de energia eólica offshore sejam executados com o uso de estaleiros e o parque industrial nacional disponível, de modo que a cadeia produtiva seja 'gradativamente ampliada'.

A proposição integra contribuição enviada pela entidade, no contexto de consulta pública aberta pela pasta, para discussão do tema "Transição Energética Justa, Inclusiva e Equilibrada" - caminhos para o setor de O&G viabilizar a nova economia verde.

A iniciativa da Abeeólica visa fomentar "a transição energética da indústria e gerar empregos tecnológicos e de alto valor agregado". (M.S.)