Com foco absoluto em garantir o abastecimento interno e minimizar perdas de eventos climáticos, o próximo Plano Safra deverá incentivar o plantio de produtos agrícolas fundamentais (arroz, feijão, mandioca e trigo, por exemplo) em diferentes regiões do país, a fim de permitir a formação de estoques públicos.
É o que defendeu o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, em exposição dos detalhes do programa - normalmente divulgado no mês de junho - que visaria estimular a produção agropecuária, por meio da concessão de empréstimos a juros mais baixos.
Na avaliação de Fávaro, a formação de estoques teria por finalidade assegurar o abastecimento nacional, em caso de perdas agrícolas ou na pecuária, causadas por eventos climáticos extremos, como secas ou fortes chuvas.
O enfoque do Mapa com relação ao abastecimento interno, na verdade, dá continuidade à decisão governamental, de zerar a alíquota de importação do arroz, após as cheias históricas que se abateram sobre o Rio Grande do Sul, apesar de este responder por 70% da produção nacional do grão.
Como argumento, Fávaro disse que "a gente [precisa] diversificar a nossa produção, tirar do produtor a opção de só plantar soja, milho, algodão", ao adiantar: "Vamos lançar contratos de opções para esses produtos que são a base da alimentação brasileira. É o arroz, feijão, trigo, a mandioca. E o milho [como ração], se transformando em carnes".
Em outro trecho, o ministro destaca que "não é voltar ao tempo que tinha super estoques públicos, mas é a presença do Estado para manter o equilíbrio e o abastecimento". (M.S.)
