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Pela quinta vez seguida, Focus eleva IPCA para 2024

Por Marcello Sigwalt

Indicador assaz irrefutável da 'perda de rumo' da gestão econômica petista (vide desajuste fiscal), pela quinta vez consecutiva, o boletim Focus elevou, nessa segunda-feira (10), a projeção do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para este ano, desta vez, de 3,88% para 3,90%, o que o aproxima, ainda mais, do teto da meta inflacionária de 4,50%, fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Mas, mais grave do que essa estimativa de inflação, é aquela para 2025 (o chamado 'horizonte relevante' das expectativas de inflação pelo BC), que subiu, de 3,77% para 3,78%. Para 2026, a previsão se manteve, em 3,60% e em 3,50% para o ano seguinte.

Já a Selic (taxa básica de juros) ficou 'imexível' em 10,25% ao ano (a.a.) para 2024, mas fluiu de 9,18% a.a. para 9,25% a.a. para 2025.

Após breve parada na semana anterior, a expectativa do mercado financeiro para o PIB aumentou 'ligeiramente', de 2,05% para 2,09%, mas continuou em 2,0% para 2025, 2026 e 2027.

Apesar de ser mantido em um déficit de -0,70% do PIB para este ano, o resultado primário piorou para o próximo, ao cair de -0.60% do PIB para -0,67% do PIB.

Já a dívida pública do setor público exibiu ligeira melhora, ao cair de 63,70% do PIB para 63,65% do PIB para 2024; estacionou em 66,50% do PIB, para o ano seguinte; continuou em 68,30% do PIB para 2026 e em 70,88% do PIB, para 2027.

Mantendo o ritmo ascendente, a balança comercial brasileira passou de um superávit de US$ 82,26 bilhões para US$ 82,51 bilhões para este ano, mas se manteve em US$ 78 bilhões, para 2025.