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IBGE: IPCA avança 0,38% para 0,46%, de abril a maio

Por Marcello Sigwalt

Em sintonia total com as previsões pragmáticas do mercado financeiro para este ano - consolidadas no boletim Focus, consulta semanal realizada pelo Banco Central (BC) - o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) voltou a subir (de forma gradual, mas firme), passando de 0,38%, em abril, para 0,46%, em maio, divulgou, nessa terça-feira (11), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com esse resultado, a inflação acumulada no ano totalizou 2,27% e a 3,93%, nos últimos 12 meses, patamar 'ainda' inserido na meta de inflação, estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), se considerado o teto desta, de 4,50%.

Entre os setores, o grupo alimentos e bebidas foi o que mais contribuiu com o indicador inflacionário (0,13 ponto percentual), com elevação de 0,62% em maio, em decorrência da pressão exercida pelo avanço de 6,33% dos tubérculos, raízes e legumes, puxado, sobretudo, pela alta de 20,61% da batata-inglesa, o maior impacto individual dos itens do IPCA.

Para o gerente da pesquisa, André Almeida, a disparada da batata inglesa teria sido motivada pela mudança das safras. "Em maio, com a safra das águas na reta final e um início mais devagar da safra das secas, a oferta da batata ficou reduzida". Ainda no campo dos itens primários, a vice-liderança da carestia coube à cebola (7,94%); leite longa vida (5,36%) e o café (3,42%).

Já para a 'desaceleração' - de 0,81% em abril para 0,66% em maio - do item 'alimentação no domicílio', o gerente do IBGE indica o recuo das frutas, em que a maior oferta da banana d'água também derrubou o preço da variedade prata.

"O principal alimento com queda em maio foi a banana: a maior oferta da banana d'água pressionou os preços da prata, e as duas baixaram. Isso ajudou a segurar o aumento da alimentação no domicílio", assinala o gerente do IBGE.